Economia
Desaceleração

Vendas no varejo caíram 1,0% em junho

A queda foi mais intensa do que a apontada pela mediana das estimativas dos analistas ouvidos pela reportagem, de 0,1%

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14 de agosto de 2024
Vinicius Palermo
Vendas no varejo caíram 1,0% em junho
Na comparação com junho de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,0% em junho de 2024.

As vendas do comércio varejista caíram 1,0% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou na quarta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda foi mais intensa do que a apontada pela mediana das estimativas dos analistas ouvidos pela reportagem, de 0,1%, e ficou perto da ponta mais baixa das previsões, que iam de queda de 1,2% a alta de 0,3%.

Na comparação com junho de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,0% em junho de 2024. Nesse confronto, as projeções iam de uma elevação de 2,1% a 6,9%, com mediana positiva de 5,8%.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 5,2% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 3,6%.

Quanto ao varejo ampliado – que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas subiram 0,4% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. O resultado veio abaixo da mediana das estimativas dos analistas, que apontava alta de 1,2%. As previsões iam desde uma queda de 0,2% até um avanço de 3,0%.

Na comparação com junho de 2023, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 2,0% em junho de 2024. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação de 0,3% a 7,4%, com mediana positiva de 3,9%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 4,3% no ano e aumento de 3,5% em 12 meses.

Após a queda de 1,0% no volume vendido em junho ante o mês imediatamente anterior, o varejo passou a operar 1,0% abaixo do nível recorde alcançado em maio. Já o varejo ampliado, que cresceu 0,4% em junho ante maio, está 0,3% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.

O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo restrito em maio ante abril, de uma alta de 1,2% para uma elevação de 0,9%. No varejo ampliado, a taxa de maio ante abril passou de alta de 0,8% para aumento de 0,7%.

Segundo o IBGE, o volume de vendas do varejo chegou a junho em patamar 8,1% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas operam 6,1% acima do pré-pandemia.

Os segmentos de artigos farmacêuticos, veículos, supermercados, material de construção e combustíveis estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.

O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 47,4% acima do pré-crise sanitária; veículos, 11,7% acima; supermercados, 9,3% acima; material de construção, 7,8% acima; e combustíveis e lubrificantes, 5,7% acima.

Os outros artigos de uso pessoal e domésticos estão 6,8% abaixo do nível de fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 8,0% aquém; equipamentos de informática e comunicação, 12,5% abaixo; tecidos, vestuário e calçados, 20,1% inferior; e livros e papelaria, 44,2% abaixo.