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Produção industrial subiu 1,1% em março

O resultado da produção industrial veio dentro das expectativas que iam de queda de 0,3% a alta de 3,0%, com mediana positiva de 1,0%.

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10 de maio de 2023
Vinicius Palermo
Produção industrial subiu 1,1% em março
Em relação a março de 2022, a produção industrial subiu 0,9%.

A produção industrial subiu 1,1% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, divulgou na manhã de quarta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,3% a alta de 3,0%, com mediana positiva de 1,0%.

Em relação a março de 2022, a produção industrial subiu 0,9%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um recuo de 2,0% a alta de 3,2%, com mediana positiva de 0,7%.

No acumulado do ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma queda de 0,4%. Em 12 meses, a produção ficou estável, de acordo com o IBGE.

A produção industrial ficou estável (0,0%) no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022. No ano passado, na série em comparação ao trimestre imediatamente anterior, a indústria tinha registrado alta de 1,2% no primeiro trimestre; estabilidade (0,0%) no segundo trimestre; queda de 0,7% no terceiro trimestre; e alta de 0,2% no quarto trimestre de 2022. Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, a produção industrial caiu 0,4% no primeiro trimestre de 2023.

O IBGE revisou o resultado da produção industrial em dezembro de 2022 ante novembro de 2022, de -0,1% para 0,0%. Em bens de capital, a taxa de fevereiro ante janeiro de 2023 saiu de alta de 0,1% para 0,6%, enquanto o resultado de janeiro ante dezembro de 2022 passou de -4,4% para -4,1%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, a taxa de fevereiro ante janeiro passou de -1,4% para -1,5%. O resultado de bens de consumo semi e não duráveis em fevereiro ante janeiro passou de -0,1% para -0,2%.

O avanço de 1,1% na produção industrial em março ante fevereiro foi resultado de altas em 16 dos 25 ramos pesquisados.

As principais influências positivas partiram dos avanços de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%). Outros aumentos relevantes ocorreram em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), outros equipamentos de transporte (4,8%), produtos químicos (0,6%), couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e produtos de minerais não metálicos (1,2%).

Na direção oposta, entre as oito atividades em queda, a perda mais importante ocorreu em vestuário e acessórios (-4,7%), interrompendo três meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou alta de 13,5%. Houve recuos significativos também em móveis (-4,3%) e produtos de metal (-1,0%).

Segundo o IBGE, a alta de 0,9% na produção industrial em março de 2023 ante março de 2022 foi decorrente de avanços em 11 dos 25 ramos industriais investigados na Pesquisa Industrial Mensal
Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, a expansão na indústria nesse tipo de comparação teve contribuição do efeito calendário, uma vez que o mês de março de 2023 teve um dia útil a mais que março de 2022.

A base de comparação depreciada também ajudou, uma vez que a produção tinha recuado 1,9% em março de 2022 ante março de 2021, acrescentou o pesquisador. “Ainda tem predomínio de atividades em queda ante março de 2022”, apontou Macedo.

Os principais impactos positivos partiram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,2%), indústrias extrativas (3,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (15,7%). Houve avanços relevantes também em outros equipamentos de transporte (22,3%), produtos de borracha e de material plástico (4,4%), produtos alimentícios (0,7%) e impressão e reprodução de gravações (17,5%).

Na direção oposta, entre as 14 atividades em queda, as maiores influências negativas foram de produtos químicos (-9,5%) e metalurgia (-5,4%). Outros recuos importantes foram registrados por produtos de minerais não metálicos (-7,3%), produtos de madeira (-15,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,8%).

O índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com avanço na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 40,3% em fevereiro para 44,6% em março.