O diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse que a redução da produção de petróleo será causada por uma menor demanda, e não por conta da restrição de oferta. Ele defendeu uma “discussão mais profunda” ao ser questionado sobre o debate de exploração da Margem Equatorial, localizada no norte do País e considerada uma espécie de ‘novo pré-sal’ no Brasil.
“Vamos supor, por absurdo, que o Brasil toma a decisão de não produzir mais petróleo. Sabe o que vai acontecer com o clima? Pode ser que aumente com as emissões porque um outro produtor que emita mais pode entrar no lugar do Brasil”, alertou Tolmasquim, durante o ‘Climate Impact Summit’, promovido pela Amcham e o jornal Valor Econômico, em Nova York, às margens da ‘Climate Week NY’, o maior evento com a temática clima do mundo.
De acordo com o executivo, o Brasil estaria abrindo mão da receita e o povo brasileiro deixaria de ter uma parte importante dos recursos usados no seu desenvolvimento para políticas sociais e para incentivos aos biocombustíveis, ao biometano, que contam com “subsídios pesadíssimos”.
“E o clima não mudaria nada porque um outro produtor estaria produzindo petróleo. Então, eu acho que essa discussão tem que ser mais profunda”, disse o diretor. “A grande questão para diminuir o consumo de petróleo está do lado da demanda e não do lado da oferta”, acrescentou.
Tolmasquim afirmou ainda que a transição energética não é igual entre todos os países. “Essa renda do petróleo obtida por aqueles poucos países, ou os poucos produtores que ainda ficarão no mercado, que ela seja em parte destinada à transição energética”, defendeu.
A Petrobras informou ainda sobre o projeto itinerante Cine Petrobras, que a partir desta quinta-feira (19), dará a milhares de jovens e crianças de diferentes estados a oportunidade de frequentar o cinema de uma forma bem diferente. Uma carreta transformada em uma sala de cinema completa percorrerá o país em uma ação patrocinada pela Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Serão 450 sessões gratuitas para a população em 45 municípios.
Na primeira etapa do projeto, a carreta cinema passará por cinco locais, começando pelo Distrito Federal, onde estaciona em Planaltina nesta quinta-feira (19) e sexta-feira (20) e em Brazlândia na segunda-feira (23) e terça-feira (24). Depois, segue por Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
“A Petrobras é uma grande incentivadora do desenvolvimento do país em suas diferentes manifestações e iniciativas. Investimos em muitas formas de energia, e a cultura é uma delas. A empresa tem orgulho de valorizar a cultura brasileira, apoiando a sua diversidade, que faz nosso país ser tão único. Para a Petrobras, é motivo de grande satisfação poder patrocinar e dar nome a este projeto que leva o cinema com qualidade e tecnologia a tantas cidades”, destaca Alessandra Teixeira, gerente de Patrocínio da estatal.
O veículo do cinema se expande e recebe, confortavelmente, 91 pessoas com poltronas reclináveis e confortáveis; ar-condicionado; sistema digital de som e imagem; dois banheiros; guichê de distribuição de pipoca e refrigerante; e iluminação de segurança. Toda essa tecnologia é patenteada e exclusiva, com certificação de segurança aprovada por órgãos internacionais.
Os recursos de acessibilidade incluem espaço para cadeirantes e rampa de acesso. Já a programação com janela de libras e legendagem descritiva está disponível mediante solicitação prévia.
A carreta cinema permanecerá dois dias em cada município. Durante o dia, quatro sessões previamente agendadas são direcionadas a escolas e instituições públicas da localidade.
Há uma sessão noturna por dia, também gratuita e aberta ao público, com grandes lançamentos da telona. Devido às vagas limitadas, os interessados em participar do projeto devem ir até a carreta cinema impreterivelmente no dia do evento, para garantir a retirada de seus ingressos. Todos os participantes terão direito a pipoca e refrigerante gratuitamente.
O Cine Petrobras é um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura e viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Petrobras, e apoio das prefeituras dos municípios.