Suellen Escariz
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Pelo mundo

Portugal e o 25 de abril

O 25 de Abril é um feriado muito tradicional em Portugal. Refere-se a um evento da história de Portugal resultante do ato político e social.

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28 de abril de 2023
Vinicius Palermo
Portugal e o 25 de abril
O 25 de abril ficou marcado na história de Portugal.

O 25 de Abril é um feriado muito tradicional em Portugal. A Revolução de 25 de Abril, também conhecida como Revolução dos Cravos, Revolução de Abril ou apenas por 25 de Abril, refere-se a um evento da história de Portugal resultante do movimento político e social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e que iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição de 25 de abril de 1976, marcada por forte orientação socialista.

A Associação 25 de Abril descreve a data como “um Movimento das Forças Armadas (MFA) que derrubou o regime de ditadura que durante 48 anos oprimiu o povo Português. Nessa madrugada do dia inicial, inteiro e limpo (como poetizou Sophia de Mello Breyner) os militares de Abril foram claros nas suas promessas: terminara a repressão, regressara a Liberdade, vinha aí o fim da guerra e do colonialismo, vinha aí a democracia.”

Até então, Portugal experimentava um isolacionismo e ainda exercia domínio sobre as antigas colônias na África, domínio que se arrastava em guerras com os locais, e que já não fazia sentido para o povo português, em sua maioria.

Com o lema “Democratizar, Descolonizar e Desenvolver” a Revolução prometia levar Portugal ao rol das nações livres e democráticas. A data é ainda hoje celebrada por todo país, sempre com a ideia de transmitir e fortalecer os valores da liberdade e da democracia.

Por curiosidade, há que se mencionar que o voto não é obrigatório em Portugal, e que é habitual ocorrer um alto percentual de abstenção nas mais diversas eleições e votações (plebiscitos e referendos), demonstrando certa apatia e ceticismo com a política por parte dos cidadãos.

E é uma reflexão necessária a fazer, o direito de escolher implica também um dever de pensar, analisar, exercer o voto e até mesmo cobrar aqueles que foram eleitos, tudo isso faz parte da democracia.

Os valores e princípios envolvidos na temática vão muito além da liberdade, alcançam a responsabilidade e as consequências para milhões de pessoas.

Os rumos que a sociedade toma, as decisões que são aplicadas em áreas cruciais como a educação, a saúde, o desenvolvimento econômico, dentre outros, passam pelas mãos daqueles que foram eleitos.

E há que se convir, depois de tanto esforço e luta, o direito/dever de votar, de conhecer as propostas, de compreender minimamente o funcionamento estatal, para também compreender a quem compete fazer o que em cada área.

Reclamar apenas não resolverá nada, é necessário ter consciência, conhecimento, dedicar-se a participar e compreender o funcionamento da sociedade em que se vive, os valores que se querem preservar e a importância de exercer o direito e comprometer-se com os deveres.