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Petrobras descontinua desinvestimentos de Polo Urucu, Polo Bahia Terra e Campo de Manati

Outros ativos no segmento E&P serão reavaliados periodicamente com base em premissas atualizadas de rentabilidade, aderência estratégica, oportunidades de descarbonização e estágio de sua vida produtiva.

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04 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
Petrobras descontinua desinvestimentos de Polo Urucu, Polo Bahia Terra e Campo de Manati
Outros ativos no segmento E&P serão reavaliados periodicamente com base em premissas atualizadas de rentabilidade, aderência estratégica, oportunidades de descarbonização e estágio de sua vida produtiva.

A diretoria executiva da Petrobras aprovou o encerramento dos processos de desinvestimento no segmento E&P do Polo Urucu, Polo Bahia Terra, Campo de Manati e da Petrobras Operaciones S.A. (subsidiária da Petrobras na Argentina), considerando aderência estratégica ao portfólio e perfil de rentabilidade.

Além disso, a estatal preferiu dar continuidade aos processos de desinvestimentos no segmento G&E relativos: à participação de 20% na sociedade Brasympe, proprietária da unidade termoelétrica (UTE) Termocabo, movida a óleo combustível; à participação de 20% na UTE Suape II, também movida a óleo combustível; e à participação de 18,8% na UEG Araucária S.A.

Outros ativos no segmento E&P serão reavaliados periodicamente com base em premissas atualizadas de rentabilidade, aderência estratégica, oportunidades de descarbonização e estágio de sua vida produtiva.
Segundo comunicado ao mercado, a Petrobras deverá “maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis, repor a reservas de óleo e gás, inclusive com a exploração de novas fronteiras, aumentar a oferta de gás natural e promover a descarbonização das operações”.

O desinvestimento na UEG Araucária será feito em conjunto com a Copel, que possui participação, direta e indireta, de 81,2% no capital social total e votante da empresa, através de procedimento competitivo visando à venda de 100% das ações da UEGA.

“O desinvestimento desse ativo está em sintonia com o processo de descarbonização da matriz de geração do grupo Copel e aderente ao Planejamento Estratégico Empresarial da Copel – Visão 2030, fortalecendo os pilares para a perenidade e o crescimento sustentável dos negócios”, afirma a Copel, em outro comunicado ao mercado.

No domingo, a Petrobras assinou memorando de entendimentos (MOU) com o grupo Mubadala Capital para desenvolver estudos conjuntos sobre futuros negócios no segmento de downstream. O acordo foi firmado pelo presidente Jean Paul Prates e o vice-CEO do grupo Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, com enfoque inicial direcionado à área de biocombustíveis.

Assinado com a MIC Capital Partners (Brazil Strategic Opportunities), Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia Investimento no Exterior do grupo Mubadala Capital, o documento visa apoiar a participação da Petrobras em projetos de biorrefino. O diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Sergio Caetano Leite, também participou da cerimônia de assinatura do acordo, ao lado de outros executivos do Mubadala.

O grupo Mubadala Capital desenvolve projeto de uma biorrefinaria integrada na Bahia, com foco na produção de diesel renovável e querosene de aviação sustentável a partir de plantas nativas do Brasil com alto potencial de produção e capazes de recuperar terras atualmente degradadas, entre outras fontes de insumos. Este projeto reforça o papel do Brasil como fornecedor estratégico de combustíveis renováveis, capitalizando os recursos naturais abundantes presentes no país.  

“Este memorando está alinhado à nossa visão estratégica, que visa preparar a Petrobras para um futuro mais sustentável e contribuir para o sucesso dos nossos planos de transição energética. Estamos animados para disponibilizar nosso conhecimento técnico em co-processamento e explorar conjuntamente as oportunidades de investimento neste projeto, que, acreditamos, irá diversificar ainda mais o portfólio da Petrobras e contribuir para o nosso objetivo de neutralizar as emissões da companhia até 2050”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Com a assinatura deste acordo com o Mubadala, a Petrobras conclui as atividades da missão estratégica da Petrobras à Ásia, comandada pelo presidente Jean Paul Prates. A delegação realizou visitas técnicas a empresas e instituições da China e de Abu Dhabi, contando ainda com a presença dos diretores Joelson Mendes (Exploração & Produção) e Maurício Tolmasquim (Transição Energética e Sustentabilidade).

Ao longo da missão, a Petrobras realizou 20 reuniões e visitas técnicas a empresas e instituições de Pequim, Xangai e Abu Dhabi, assinando um total de sete acordos versando sobre potenciais futuros investimentos. Os documentos foram firmados com a Sinopec, China Energy, CNOOC e CITIC Construction, Bank of China, China Development Bank e Mubadala.

Os MOUs são direcionados a estudos de possíveis negócios e projetos nas áreas de exploração e produção, transição energética, refino, petroquímica, energia renovável, hidrogênio, amônia, captura de carbono e biocombustíveis.