Mundo
Ação coordenada

Países do G7 impõem novas sanções contra Rússia

As novas sanções são anunciadas no momento em que o premiê britânico, Rishi Sunak, está na Itália para a cúpula do G7, lembra o texto.

Compartilhe:
14 de junho de 2024
Vinicius Palermo
Países do G7 impõem novas sanções contra Rússia
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni

O Reino Unido anunciou, em comunicado na quinta-feira, 13, que o país e os outros membros do G7 estão impondo novas sanções contra a “máquina de guerra” da Rússia na Ucrânia, em uma ação coordenada. Entre os alvos estão embarcações de uma frota usada para contornar punições já impostas e instituições “no coração do sistema financeiro da Rússia”, como a Bolsa de Moscou, bem como fornecedores que apoiam a produção militar do país.

As novas sanções são anunciadas no momento em que o premiê britânico, Rishi Sunak, está na Itália para a cúpula do G7, lembra o texto. Elas têm como intenção prejudicar a capacidade russa de equipar sua máquina de guerra e reafirmar o apoio dos aliados a Kiev.

O Reino Unido informa também que se comprometeu na quinta a enviar 242 milhões de libras em ajuda bilateral à Ucrânia, para apoiar a ajuda humanitária, o fornecimento de energia e outros pontos. O país ainda trabalha para chegar a um acordo sobre um mecanismo para destinar lucros extraordinários de ativos russos congelados à Ucrânia.

O comunicado informa que os alvos entre os fornecedores incluem entidades sediadas em China, Israel, Quirguistão e Turquia, bem como embarcações que transportam produtos militares da Coreia do Norte para a Rússia. Entre os alvos no sistema financeiro está a Bolsa de Valores de Moscou. “Esta ação é coordenada com os EUA”, após os americanos imporem punição contra essa bolsa em 12 de junho, lembra o texto.

A cúpula do G7 fechou também um acordo sobre uma proposta dos EUA para apoiar um empréstimo de US$ 50 bilhões à Ucrânia usando ativos russos congelados como garantia, dando a Kiev uma forte demonstração de apoio, mesmo quando o tabuleiro de xadrez político da Europa se desloca para a direita.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, deu as boas-vindas aos chefes de estado do G7 num resort de luxo no sul de Itália, dizendo que queria que a mensagem desta reunião fosse de diálogo com o sul global e de unidade.

Uma autoridade francesa, informando os repórteres na quarta-feira, 12, disse que uma decisão política dos líderes foi alcançada, mas que os detalhes técnicos e legais do mecanismo para explorar os ativos ainda precisam ser elaborados. A questão é complicada porque se um dia os ativos russos forem descongelados – digamos, se a guerra terminar – então os lucros inesperados já não poderão ser usados para pagar o empréstimo, exigindo um acordo de partilha de encargos com outros países.

Além do acordo, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou até 242 milhões de libras em ajuda não militar à Ucrânia para necessidades humanitárias, energéticas e de estabilização. Washington também enviou fortes sinais de apoio, com sanções ampliadas contra a Rússia para atingir empresas chinesas que estão ajudando a sua máquina de guerra.

O G7 inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Outros convidados incluem o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, recém-eleito, e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.