O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na segunda-feira, 16, que o Serviço Secreto norte-americano precisa de mais ajuda para cumprir suas funções, após um segundo suposto atentado contra o candidato republicano e ex-presidente Donald Trump. “O Serviço Secreto precisa de mais ajuda”, disse Biden à imprensa na Casa Branca, depois que, no domingo, 15, seus agentes dispararam contra um homem armado, que foi posteriormente detido, perto do campo de golfe de Trump na Flórida.
Um tiroteio ocorreu nas dependências do Trump International Golf Course West Palm Beach, o resort do candidato republicano. O incidente ocorreu enquanto o ex-presidente jogava golfe no local, segundo o Gabinete do Xerife do Condado na Flórida.
De acordo com as autoridades locais, Trump está seguro e a intenção por trás dos tiros é desconhecida. Um suspeito foi preso e identificado como Ryan Wesley Routh, um homem de 58 anos do Havaí. O FBI investiga o caso como uma aparente tentativa de assassinato.
O Washington Post relata que o Serviço Secreto dos EUA há muito tempo está preocupado com a vulnerabilidade de Trump em seus campos de golfe, que permanecem abertos ao público e muitas vezes estão próximos a áreas de grande movimentação.
Há cerca de dois meses, Trump foi baleado durante uma tentativa de assassinato em um comício na Pensilvânia, e uma bala passou de raspão em sua orelha. O atirador foi identificado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos, que tinha pesquisado na internet informações sobre Trump e tinha fotos dele salvas em seu celular, de acordo com legisladores e outras pessoas ligadas à investigação.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, se disse “profundamente perturbada” pelo incidente que o FBI trata como uma aparente tentativa de assassinato do ex-presidente e candidato republicano.
“À medida que reunimos os fatos, serei clara: condeno a violência política. Todos nós devemos fazer a nossa parte para garantir que este incidente não leve a mais violência”, afirmou em comunicado.
Harris, que é candidata democrata à presidência, acrescentou que está “grata” pelo fato de que Trump está seguro e elogiou o trabalho das forças de segurança. “Nossa administração garantirá que o Serviço Secreto tenha todos os recursos, capacidades e medidas de proteção necessárias para executar sua missão crítica”, destacou.
Na segunda-feira, três senadores democratas dos Estados Unidos pediram que o Federal Reserve (Fed) corte as taxas de juros em 75 pontos-base (pb) na decisão desta quarta-feira, em carta enviada nesta segunda-feira, 16, ao presidente do BC norte-americano, Jerome Powell. O documento é assinado pela senadora Elizabeth Warren e pelos senadores Sheldon Whitehouse e John Hickenlooper.
“Há meses, pedimos que o Fed corte as taxas de juros”, afirmam os senadores na carta, alegando que o nível restritivo da política monetária não está “endereçando efetivamente” os catalisadores da inflação – como custos de moradias.
As autoridades dos EUA acrescentam que “claramente” chegou a hora de reduzir as taxas, diante da desaceleração dos preços e de dados indicando o arrefecimento o emprego no país. Os senadores temem que o Federal Reserve esteja atrás da curva para iniciar o relaxamento da política monetária, o que justificaria um início mais agressivo dos cortes, baixando a taxa dos Fed funds para o nível de 4,5% a 4,75% em setembro. “Se o Fed for muito cauteloso, colocará nossa economia desnecessariamente rumo à recessão”, concluem.