Edição do Dia
A Gerdau registrou lucro líquido de R$ 3,215 bilhões no primeiro trimestre de 2023, alta de 9,35% em relação ao mesmo período de 2022. O lucro líquido ajustado ficou em R$ 2,388 bilhões, recuo de 18,8% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, mas alta de 79,1% quando comparado com o quarto trimestre.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Gerdau atingiu R$ 4,322 bilhões e recuou 25,8% ante o primeiro trimestre de 2022, mas foi 19,1% superior ao quarto trimestre.
Segundo relatório de resultados da companhia, é o segundo melhor Ebitda ajustado da história na comparação trimestral e o desempenho “reflete uma demanda estável por aço nos primeiros meses do ano, bem como a resiliência dos nossos modelos de negócios, além do mindset ágil e inovador da companhia”.
A receita líquida da Gerdau nos três primeiros meses do ano totalizou R$ 18,9 bilhões, 7,2% inferior ante o mesmo período do ano passado e 5,1% superior quando comparada ao quarto trimestre de 2022. Já as vendas de aço somaram 2,979 milhões de toneladas, queda de 2,5% ante os três primeiros meses do ano passado.
A alavancagem medida pela dívida líquida por Ebitda subiu 0,11 vez, de 0,20 vez no primeiro trimestre de 2022 para 0,31 vez ao final do primeiro trimestre de 2023, “mantendo um patamar financeiro bastante confortável”, segundo a companhia.
Os investimentos em capex somaram R$ 954 milhões, alta de 60,9% ante o mesmo período de 2022, sendo R$ 667 milhões destinados à Manutenção e R$ 287 em Expansão e Atualização Tecnológica. Do total de desembolsos do trimestre, aproximadamente 48,8% foram destinados ao Estado de Minas Gerais no Brasil.
Mesmo em meio a esse cenário global desafiador, a Gerdau continua a entregar sólidos resultados financeiros, demonstrando sua capacidade de transformar e inovar. A produção de aço bruto da Gerdau foi de 3,0 milhões de toneladas, 4,2% superior ao 4T22 e 12,3% inferior ao mesmo período do ano passado. A taxa de utilização da capacidade produtiva de 71% reflete a maior demanda no trimestre, principalmente na América do Norte
Os embarques de aço no 1T23 foram de 3,0 milhões de toneladas, alta de 11,5% e queda de 2,5% em relação ao 4T22 e 1T22, respectivamente. Embora o primeiro trimestre costuma registrar embarques maiores do que no final do ano, observamos no início de 2023 nenhum crescimento em
consumo aparente de aço no Brasil (tanto para o BD Brasil quanto para o BD de Aços Especiais), refletindo um cenário econômico que ainda exige cautela, com juros altos e uma política monetária mais contracionista, que pode afetar algumas linhas de negócios.
