Economia
Energia mais cara

IPCA registrou aumento de 0,71% em março

A taxa acumulada pelo IPCA no ano ficou em 2,09%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,65%, dentro das projeções dos analistas.

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11 de abril de 2023
Vinicius Palermo
IPCA registrou aumento de 0,71% em março
O preço da energia influenciou no resultado do IPCA.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março com alta de 0,71%, ante um avanço de 0,84% em fevereiro, informou na terça-feira, 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela reportagem, que previam um avanço desde 0,69% a 0,85%, mas abaixo da mediana positiva de 0,77%.

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,09%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,65%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 4,63% a 5,04%, com mediana de 4,71%.

Os preços do grupo Alimentação e Bebidas aumentaram 0,05% em março, após alta de 0,16% em fevereiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,01 ponto porcentual para o IPCA.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,14% em março, após ter avançado 0,04% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,6%, ante alta de 0,5% em fevereiro.

Os preços de Transportes subiram 2,11% em março, após alta de 0,37% em fevereiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,43 ponto porcentual para o IPCA.

A gasolina aumentou 8,33%, subitem com maior impacto individual no índice do mês, 0,39 ponto porcentual. O etanol subiu 3,20%. Já o gás veicular recuou 2,61%, e óleo diesel diminuiu 3,71%.

As passagens aéreas passaram de uma queda de 9,38% em fevereiro para recuo de 5,32% em março.
As tarifas de táxi subiram 0,52%, devido a reajuste de 11,54% em Belo Horizonte a partir do dia 13 de fevereiro. Também houve aumentos no ônibus intermunicipal (0,90%), devido a elevação na região metropolitana do Rio de Janeiro a partir de 18 de fevereiro.

As tarifas de ônibus urbano avançaram 0,84%, com reajustes em quatro áreas: Curitiba, Fortaleza, Campo Grande e São Luís. O trem aumentou 6,35%, refletindo um reajuste na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde as tarifas para a população em geral foram elevadas em 48% a partir de 9 de fevereiro.
O pedágio subiu 0,24%, em consequência de reajustes em praças de pedágio em Porto Alegre e Curitiba.

Os gastos das famílias com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 1,26% em fevereiro para 0,82% em março, o equivalente a uma contribuição de 0,11 ponto porcentual para a taxa do IPCA no último mês.

O resultado foi puxado pela alta de 1,20% do plano de saúde, que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023.

Os itens de higiene pessoal subiram 0,72%, variação menos intensa que verificada no mês anterior (2,80%). Os artigos de maquiagem subiram 4,80% em março, enquanto os produtos para pele tiveram queda de 2,42%.

As famílias brasileiras gastaram 0,57% a mais com habitação em março, uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para o IPCA. A alta foi puxada pelo aumento de 2,23% na energia elétrica residencial, que resultou numa contribuição de 0,09 ponto porcentual para o IPCA no mês.

As variações na conta de luz se estenderam desde um recuo de 0,65% em Belém, onde houve redução de PIS/Cofins e aumento da alíquota de ICMS, até um avanço de 9,79% em Porto Alegre, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reinseridas no cálculo do ICMS, a exemplo do que ocorreu em outras áreas, como Belo Horizonte, Curitiba e Vitória.

No Rio de Janeiro, houve reajustes de 7,49% e 6% nas duas concessionárias pesquisadas a partir de 15 de março. A taxa de água e esgoto teve alta de 0,03%, decorrente da apropriação residual do reajuste de 11,81% em Salvador a partir de 30 de janeiro.

O gás encanado caiu 0,11%, devido a uma redução de 2,86% nas tarifas do Rio de Janeiro a partir de 1º de fevereiro.