Economia
Alimentação

IPCA-15 registrou aumento de 0,39% em junho

Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 2,52% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,06%, ante taxa de 3,70% até maio.

Compartilhe:
27 de junho de 2024
Vinicius Palermo
IPCA-15 registrou aumento de 0,39% em junho
Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,98% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,39% em junho, após ter avançado 0,44% em maio, informou na manhã de quarta-feira, 26, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 2,52% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,06%, ante taxa de 3,70% até maio.

Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,98% em junho, após alta de 0,26% em maio. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,21 ponto porcentual para o IPCA-15.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 1,13% em junho, após ter avançado 0,22% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,59%, ante alta de 0,37% em maio.

Os preços de Transportes caíram 0,23% em junho, após alta de 0,77% em maio. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,05 ponto porcentual para o IPCA-15. Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,22% em junho, após avanço de 2,10% no mês anterior. A gasolina caiu 0,13%, após ter registrado alta de 1,90% em maio, enquanto o etanol recuou 0,80% nesta leitura, após alta de 4,70% na última.

A reportagem calcula o impacto de cada grupo no IPCA-15 com base na variação mensal e no peso mensal disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). O resultado pode ter divergências pontuais com o impacto divulgado pelo IBGE, que considera mais casas decimais do que as disponibilizadas publicamente na taxa de cada item.

Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 1,07% em maio para uma alta de 0,57% em junho, uma contribuição positiva de 0,08 ponto porcentual paraa o IPCA-15 deste mês.

Em junho, o avanço nos gastos com saúde foi pressionado pela alta de 0,37% nos planos de saúde, decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025.

“Desse modo, no IPCA-15 de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho”, informou o IBGE.

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,25% em maio para aumento de 0,63% em junho, uma contribuição positiva de 0,10 ponto porcentual para o IPCA-15.

A taxa de água e esgoto subiu 2,29% em junho, devido a reajustes de 6,94% em São Paulo, a partir de 10 de maio; de 9,85% em Brasília, a partir de 1º de junho; e de 2,95% em Curitiba, a partir de 17 de maio.
A energia elétrica residencial aumentou 0,79%, com reajustes tarifários de 1,63% em Salvador, a partir de 22 de abril; de -2,64% em Recife, a partir de 29 de abril; de -2,92% em Fortaleza, a partir de 22 de abril; e de 6,76% em Belo Horizonte, a partir de 28 de maio.

O gás encanado recuou 0,10% em junho, devido a uma redução média de 1,75% no Rio de Janeiro, a partir de 1º de junho, que sucedeu o reajuste de 0,97% aplicado a partir de 1º de maio.

Os preços dos alimentos aceleraram o ritmo de alta em junho. As famílias pagaram mais pela batata inglesa (24,18%), leite longa vida (8,84%), arroz (4,20%) e tomate (6,32%). Por outro lado, houve reduções no feijão carioca (-4,69%), cebola (-2,52%) e frutas (-2,28%).

O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma alta de 0,26% em maio para uma elevação de 0,98% em junho, resultando numa contribuição de 0,21 ponto porcentual para a taxa de 0,39% registrada pelo IPCA-15 deste mês.

O custo da alimentação no domicílio subiu 1,13% em junho. A alimentação fora do domicílio aumentou 0,59%. A refeição fora de casa subiu 0,51%, e o lanche avançou 0,80%.

No acumulado do ano, de janeiro a junho de 2024, o grupo Alimentação e bebidas acumula uma alta de preços de 5,37%. No mesmo período, a alta do IPCA-15 como um todo está em 2,52%.

A alimentação no domicílio acumula um aumento de 6,49% no ano. Os cereais, leguminosas e oleaginosas subiram 13,13%; os tubérculos, raízes e legumes saltaram 45,15%; e hortaliças e verduras, 11,61%; frutas, 12,22%; e leites e derivados, 8,14%. Já as carnes acumulam um recuo de preços de 2,46% no acumulado do ano. O custo da alimentação fora do domicílio subiu 2,53% no acumulado do ano.