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IPC-S acelera a 0,61% em janeiro, após 0,29% em dezembro

resultado desta leitura também ficou acima do registrado na terceira quadrissemana de janeiro, que apontou alta de 0,59% para o indicador.

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02 de fevereiro de 2024
Vinicius Palermo
IPC-S acelera a 0,61% em janeiro, após 0,29% em dezembro
A classe dos cursos oficiais puxou o preço da categoria educação para cima

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a 0,61% no encerramento de janeiro, após fechar dezembro com alta de 0,29%. O resultado desta leitura também ficou acima do registrado na terceira quadrissemana de janeiro, que apontou alta de 0,59% para o indicador. Agora, o indicador acumula alta de 3,36% em 12 meses, após 3,55% em 2023.

A variação do IPC-S no mês ficou residualmente abaixo da mediana do Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,63% para o índice, com intervalo entre 0,60% e 0,69%.

Nesta leitura, cinco das oito classes de despesas aceleraram: Educação, leitura e recreação (2,11% na 3ª quadrissemana para 2,59%); Comunicação (-0,06% para 0,13%); Transportes (-0,23% para -0,17%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,24% para 0,30%) e Despesas diversas (0,13% para 0,19%).

O avanço desses grupos foi puxado, respectivamente, por cursos formais (5,05% para 6,65%); combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,16% para 0,60%), tarifa de metrô (4,84% para 6,82%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,24% para 0,04%) e cigarros (0,06% para 0,65%).

Houve, por outro lado, arrefecimento em Alimentação (1,69% para 1,54%); Vestuário (-0,11% para -0,27%) e Habitação (0,16% para 0,10%) puxados, respectivamente, por hortaliças e legumes (12,43% para 10,08%), roupas femininas (-0,36% para -0,48%) e equipamentos eletrônicos (0,37% para -0,18%).

Influências

As maiores influências individuais de alta nesta leitura do IPC-S partiram de curso de ensino fundamental (6,51% para 8,51%); curso de ensino superior (3,75% para 4,92%); batata-inglesa (27,42% para 28,40%); cenoura (33,72% para 45,49%) e banana-prata (15,07% para 13,41%).

Na outra ponta, puxaram o índice para baixo passagem aérea (-1,17% para -2,23%); aluguel residencial (-0,95% para -1,24%); gasolina (-0,81% para -0,66%); tarifa de táxi (-3,26% para -7,50%) e shampoo, condicionador e creme (-3,55% para -2,65%).

Preços ao Produtor

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou baixa de 0,18% em dezembro ante recuo de 0,34% em novembro, informou nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.

Considerando apenas a indústria extrativa, houve alta de 2,30% em dezembro, após recuo de 7,09% registrado em novembro.

Já a indústria de transformação registrou baixa de 0,31% em dezembro ante alta de 0,03% no IPP de novembro.

Com o resultado de dezembro, o IPP acumulou um recuo de 4,98% no ano de 2023. Queda acumulada de 4,98% do IPP em 2023 é a mais forte da série histórica, aberta em 2014.

No acumulado do ano de 2023, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) recuou 4,98%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse foi o menor acumulado para um ano da série histórica, aberta em 2014.

As maiores variações de preço no ano aconteceram em produtos químicos, que caíram 17,25%, seguidos do refino de petróleo e biocombustíveis, que recuaram 15,45%, além de papel e celulose (-15,23%) e metalurgia (-9,77%).

Em termos de influência no índice geral, as maiores foram justamente do refino de petróleo e biocombustíveis, com -1,85 ponto porcentual, além de outros produtos químicos (-1,51 p.p.), metalurgia (-0,60 p.p.) e alimentos (-0,60 p.p.).

Grandes categorias

Os acumulados do ano de 2023 para as chamadas grandes categorias econômicas foram: bens de capital, com recuo de preços de 1,62%, bens intermediários, com queda de 7,87% e bens de consumo com recuo de 0,96%.

Desagregando este último dado, houve alta de 2,37% para os bens de consumo duráveis e queda de preços acumulada de 1,61% para bens de consumo semiduráveis e não duráveis. Os bens de capital ficaram 0,27% mais baratos na porta das fábricas em dezembro, de acordo com o Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado ocorre após esses preços já terem recuado 0,49% em novembro.

Os bens intermediários registraram queda de 0,49% nos preços em dezembro, ante redução de 0,64% em novembro. Já os preços dos bens de consumo subiram 0,31% em dezembro, depois da alta de 0,15% nos preços em novembro.

Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram baixa de 0,11% em dezembro, ante alta de 0,28% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis avançaram 0,40% em dezembro, após a alta de 0,12% registrada em novembro.

A queda de 0,18% do IPP em dezembro teve contribuição de -0,02 ponto porcentual de bens de capital; -0,27 ponto porcentual de bens intermediários; e +0,11 ponto porcentual de bens de consumo, sendo -0,01 ponto porcentual de bens de consumo duráveis e +0,12 ponto porcentual de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.