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Inflação registrou aumento de 0,16% em fevereiro

O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,93%, resultado inferior à mediana das projeções (de 4,01%). O intervalo de estimativas ia de 3,81% a 4,51%.

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11 de abril de 2024
Vinicius Palermo
Inflação registrou aumento de 0,16% em fevereiro
A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 1,42% até março.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março com alta de 0,16%, ante uma elevação de 0,83% em fevereiro. A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 1,42%.  O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,93%, resultado inferior à mediana das projeções (de 4,01%). O intervalo de estimativas ia de 3,81% a 4,51%.

A alta do IPCA foi o resultado mais baixo desde julho de 2023, quando ficou em 0,12%. No entanto, para meses de março, a taxa foi a mais branda desde 2020, quando houve elevação de 0,07%.

Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses arrefeceu pelo sexto mês consecutivo, passando de 4,50% em fevereiro para 3,93% em março, a mais baixa desde junho de 2023, quando estava em 3,16%.
A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%. A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 1,42% até março.

Os preços de Alimentação e Bebidas aumentaram 0,53% em março, após alta de 0,95% em fevereiro. O grupo deu em março uma contribuição positiva de 0,11 ponto porcentual para o IPCA. Em fevereiro, havia gerado impacto de 0,20 ponto porcentual para uma inflação geral de 0,83%.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 0,59% em março, após ter avançado 1,12% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,35%, ante alta de 0,49% em fevereiro.

Também no IPCA, os preços de Transportes caíram 0,33% em março, após alta de 0,72% em fevereiro. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,07 ponto porcentual para o IPCA, que subiu 0,16% no mês passado. Em fevereiro, havia gerado contribuição positiva de 0,15 ponto porcentual para uma inflação geral de 0,83%.

Os preços de combustíveis tiveram alta de 0,17% em março, após avanço de 2,93% no mês anterior.  A gasolina subiu 0,21%, após ter registrado alta de 2,93% em fevereiro, enquanto o etanol avançou 0,55% nesta leitura, após alta de 4,52% na última.

As famílias brasileiras gastaram 0,19% a mais com habitação em março, uma contribuição de 0,03 ponto porcentual para a taxa geral de 0,16% registrada pelo IPCA no mês. Em fevereiro, o grupo Habitação havia subido 0,27% e gerado uma contribuição de 0,04 ponto porcentual para uma taxa geral de 0,83% do IPCA.

A energia elétrica aumentou 0,12% no IPCA de março, devido a reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro. A taxa de água e esgoto subiu 0,04% no IPCA de março, por conta do reajuste de 4,04% em Aracaju a partir de 1º de março.

O gás encanado recuou 0,05%, com a apropriação residual dos reajustes tarifários, a partir de 1º de fevereiro, no Rio de Janeiro (redução média de 1,30%) e em Curitiba (redução de 2,29%).

De acordo com o IBGE, as famílias brasileiras gastaram 0,43% a mais com saúde e cuidados pessoais em março, uma contribuição de 0,06 ponto porcentual para a taxa de 0,16% registrada pelo IPCA. Em fevereiro, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais havia subido 0,65% e gerado uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para uma taxa geral de 0,83% do IPCA.

O avanço do grupo Saúde e Cuidados Pessoais em março foi influenciado por reajustes do plano de saúde (0,77%) e dos produtos farmacêuticos (0,52%). Entre os farmacêuticos, os destaques foram os aumentos no anti-infeccioso e antibiótico (1,27%) e no analgésico e antitérmico (0,55%).