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IGP-DI registrou queda de 0,30% em março

Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 0,97% no ano. Em 12 meses, houve recuo acumulado de 4,00%.

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06 de abril de 2024
Vinicius Palermo
IGP-DI registrou queda de 0,30% em março
Os recuos de preços nas passagens aéreas (-12,03%) e em alimentos como batata-inglesa (-16,51%) e cenoura (-6,51%) ajudaram a desacelerar a inflação no varejo medida pelo IGP-DI.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,30% em março, após uma redução de 0,41% em fevereiro, divulgou na sexta-feira, 5, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A queda foi menor que a mediana das estimativas do mercado, negativa de 0,39%. O intervalo das previsões era de queda entre 0,70% e 0,14%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 0,97% no ano. Em 12 meses, houve recuo acumulado de 4,00%.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve redução de 0,50% em março, ante uma queda de 0,76% em fevereiro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,10% em março, após aumento de 0,55% em fevereiro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,28% em março, depois de uma alta de 0,13% em fevereiro. O período de coleta de preços para o índice de março foi do dia 1º ao dia 31 do mês.

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) de março subiu 0,27%, após a elevação de 0,42% registrada em fevereiro. O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. De acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação de 1,07% no ano. Em 12 meses, o núcleo acumula alta de 3,64%.

Os recuos de preços nas passagens aéreas (-12,03%) e em alimentos como batata-inglesa (-16,51%) e cenoura (-6,51%) ajudaram a desacelerar a inflação no varejo medida pelo IGP-DI.

Sete das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Transportes (de 0,87% em fevereiro para 0,21% em março), Educação, Leitura e Recreação (de -1,17% para -2,22%), Alimentação (de 1,06% para 0,56%), Despesas Diversas (de 2,05% para 0,42%), Comunicação (de 0,43% para -0,31%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,56% para 0,32%) e Vestuário (de 0,34% para -0,03%).

As principais contribuições partiram dos itens: gasolina (de 2,60% para 0,35%), passagem aérea (de -6,51% para -12,03%), hortaliças e legumes (de 5,75% para -0,54%), serviços bancários (de 3,51% para 0,74%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,49% para -0,46%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,95% para 0,40%) e roupas (de 0,33% para -0,11%).

Na direção oposta, a taxa foi mais elevada no grupo Habitação (de 0,32% para 0,53%), pressionada pela tarifa de eletricidade residencial, que passou de -1,50% em fevereiro para 0,35% em março.

O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,27% em março, após um aumento de 0,42% em fevereiro. Dos 85 itens componentes do IPC, 43 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 65,48% em fevereiro para 56,77% em março.