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IGP-10 registrou aumento de 0,18% em setembro

Com isso, o IGP-10 acumulou um recuo de 5,15% no ano. Já a taxa acumulada em 12 meses ficou negativa em 6,35%.

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18 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
IGP-10 registrou aumento de 0,18% em setembro
Os preços dos produtos industriais tiveram aumento de 0,89% no atacado em setembro, após o recuo de 0,33% em agosto.

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,18% em setembro, após a queda de 0,13% em agosto, informou na segunda-feira, 18, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com isso, o IGP-10 acumulou um recuo de 5,15% no ano. Já a taxa acumulada em 12 meses ficou negativa em 6,35%. O período de coleta de preços para o indicador de setembro foi do dia 11 de agosto a 10 deste mês.

Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de setembro, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram aumento de 0,23% em setembro, ante uma queda de 0,20% em agosto.

Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram alta de 0,02% em setembro, após o recuo de 0,01% em agosto. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 0,18% em setembro, depois de subir 0,17% em agosto.

Os preços agropecuários caíram 1,58% no atacado em setembro, após uma alta de 0,16% em agosto, dentro do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10).

Já os preços dos produtos industriais tiveram aumento de 0,89% no atacado em setembro, após o recuo de 0,33% em agosto.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,51% em setembro, após o recuo de 0,32% em agosto.

Os preços dos bens intermediários, por sua vez, caíram 1,11% este mês, após declínio de 0,62% em agosto. Já os preços das matérias-primas brutas caíram 0,44%, depois da alta de 0,79% verificada no mês passado.

A principal contribuição para a aceleração do Índice ao Produtor Amplo (IPA) no âmbito do IGP-10 de setembro veio dos combustíveis. “O último aumento autorizado pela Petrobras ocorreu no dia 16 de agosto e, dentro deste período de apuração, os preços do diesel subiram 21,60% e, da gasolina, 13,58%.

Estas contribuições somadas geraram influência de 0,80 ponto porcentual (p.p.) permitindo que a variação do IPA avançasse de -0,20% em agosto para +0,23% em setembro”, afirma o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, em nota.

Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de queda de 0,95% em agosto à queda de 0,14% em setembro. A principal contribuição para este resultado partiu justamente do subgrupo combustíveis para consumo, cuja taxa passou de -4,64% para 9,34% de um mês para o outro.

No grupo Bens Intermediários, os preços saíram de um recuo de 0,37% em agosto para alta de 1,14% em setembro. A principal contribuição partiu, novamente, do subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção, cuja alta passou de 1,21% em agosto para notáveis 15,34% em setembro.

Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de uma alta de 0,79% em agosto à queda de 0,44% em setembro. Nesse caso, as principais influências para o recuo foram bovinos, cujos preços caíram 8,91% em setembro ante alta de 0,72% em agosto; soja em grão, cujos preços desaceleraram e tiveram alta de 3,16% em setembro, ante 5,98% no mês anterior; e leite in natura, com recuo de 5,67%, após variação negativa de -1,48% em agosto.

Entre as matérias-primas, equilibram o índice, em sentido ascendente de preços, o minério de ferro (1,33% para 2,81%); a mandioca/aipim (-5,28% para 1,52%); e café em grão (-7,43% para -1,83%).