O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 30, que o Brasil verá a conclusão da votação da reforma tributária ainda este ano e que, em 2025, será a vez de mudanças na cobrança do Imposto de Renda.
“Outra boa notícia é que nós vamos concluir, e isso dito pelo presidente do Senado (Rodrigo Pacheco – PSD-MG), a votação da reforma tributária, que é a maior reforma da história deste País feita sob o regime democrático”, disse ele, na cerimônia “Nova Indústria Brasil – Missão 3: Mobilidade Verde e Cidades Sustentáveis”, realizada no Palácio do Planalto.
Vários outros ministros estão no evento, além de representantes da indústria da construção civil e de entidades representativas do setor e de presidentes de bancos públicos.
Haddad voltou a enfatizar que a reforma tributária não saiu de nenhum gabinete ou decreto-lei, mas da participação de toda a sociedade. “Durante esses dois anos, nós promulgamos a emenda constitucional, e este ano, pelo calendário estabelecido pelos presidentes das duas Casas, nós desejamos concluir a votação da regulamentação da tributária com sanção ainda em 2024”, disse.
A partir do ano que vem, disse o ministro, a equipe se debruçará sobre as mudanças para o imposto de renda, que também tem muitas distorções, segundo ele. “Precisamos endereçar essa ação para melhorar a distribuição de renda no Brasil, para ter um sistema justo”, defendeu.
O ministro afirmou que o Brasil vai continuar crescendo. “O Brasil não tem razão para não crescer. Nós temos tarefas a cumprir, como todo o país tem: a China tem tarefas a cumprir, os norte-americanos têm tarefas a cumprir. A Europa está estagnada. A China está se acelerando. Os Estados Unidos estão com ameaças importantes agora, em função dos riscos que envolvem até as eleições. Temos tarefas a cumprir também”, enumerou.
De acordo com o ministro, o Brasil não é diferente de outras nações. “Nós estamos dentro do mundo globalizado, mas estamos atentos aos desafios que estão sendo cobrados, e temos segurança em dizer que nós vamos endereçar as reformas necessárias para se manter a liberdade econômica e para o Brasil continuar crescendo”, disse, acrescentando que a justiça social é algo que acompanhará sempre este governo, pois é determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro disse ainda que o governo tem anotado todas as solicitações e demandas do setor privado na elaboração de reformas. “E o setor da construção civil está recebendo o mesmo tratamento, com a atenção do presidente Lula pessoalmente”, disse.
Haddad afirmou que é sabido o que a construção civil pode representar em termos de desenvolvimento econômico e também o tamanho do déficit habitacional do País. “Nós conhecemos também o déficit de infraestrutura deste País. E a indústria depende de boa infraestrutura para conseguir competir. Deve existir uma norma de infraestrutura”, defendeu, acrescentando que o Brasil deixará de exportar tributos a partir de 2026. “Passaremos a ser muito mais competitivos”, previu.
O ministro salientou que o País é considerado um dos mais bem colocados em relação à matriz energética limpa no globo. “A matriz energética hoje faz com que o Brasil chame a atenção do mundo. Há um cardápio enorme aqui que pode sair do papel, que estão saindo do papel, em função da vantagem comparativa que o Brasil tem diante dos outros países”, comparou.