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EUA irão priorizar entrega de mísseis Patriot à Ucrânia para conter bombardeios russos

O porta-voz da Casa Branca John F. Kirby descreveu a medida como uma “decisão difícil, mas necessária” dado os avanços russos na guerra.

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22 de junho de 2024
Vinicius Palermo
EUA irão priorizar entrega de mísseis Patriot à Ucrânia para conter bombardeios russos
O porta-voz da Casa Branca John F. Kirby

O governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, anunciou que darão prioridade às entregas de mísseis antiaéreos à Ucrânia para enfrentar uma campanha “massiva” de bombardeios russos contra as suas centrais energéticas. Como consequência, os EUA atrasarão envios de armas para outros países.

O porta-voz da Casa Branca John F. Kirby descreveu a medida como uma “decisão difícil, mas necessária” dado os avanços russos na guerra. Kirby disse que a Ucrânia tem uma necessidade crítica de mísseis interceptadores Patriot, já que a Rússia acelerou os ataques contra cidades e infraestruturas civis na Ucrânia.

“As entregas destes mísseis a outros países que estão atualmente à espera terão de ser adiadas”, disse Kirby, especificando que estes atrasos não afetarão os envios deste tipo de arma para Taiwan ou Israel.

O Patriot é o sistema de defesa aérea padrão do Pentágono para as forças terrestres se defenderem contra ameaças aéreas. Os Estados Unidos enviaram pela primeira vez um sistema Patriot para a Ucrânia em dezembro de 2022.

“A mensagem mais ampla aqui para a Rússia é clara”, disse Kirby. “Se você acha que será capaz de sobreviver à Ucrânia, e se você acha que será capaz de sobreviver àqueles de nós que apoiam a Ucrânia, você está completamente errado.”

Ele acrescentou que os Estados Unidos notificaram os aliados sobre os atrasos e que muitos “compreenderam amplamente” a medida.

A União Europeia (UE) aprovou formalmente que negociações para adesão da Ucrânia e da Moldávia ao bloco tenham início na próxima semana. A Bélgica, que atualmente ocupa a presidência da UE, disse que os 27 países do bloco concordaram em estabelecer um cronograma de negociações

“(O aval) abre o caminho para o lançamento das negociações na terça-feira, dia 25 de junho, em Luxemburgo”, afirmou a presidência belga. As negociações serão iniciadas por meio de duas conferências intergovernamentais.

Após avaliação positiva da Comissão Europeia, braço executivo do bloco, líderes da UE já tinham dado o sinal verde no ano passado para o início das negociações com ambos os países. A eventual adesão, no entanto, poderá demorar muitos anos.

Para aderir à UE, os candidatos precisam passar por um longo processo de alinhamento de suas leis e normas com as do bloco e provar que suas instituições e economias seguem princípios democráticos.