Edição do dia
É muito comum com o passar do tempo e avanço da idade, começarmos a sentir aquelas dores onde jamais pensaríamos em ter, mas quem nunca se encontrou em alguma situação onde não foi preciso esperar o passar da idade para sentir dores recorrentes em lugares específicos? Perder força ao segurar algum objeto, dor ao abrir alguma garrafa, carregar sacolas e outros movimentos que te incomodem o cotovelo, podem ser sinais de epicondilite. A epicondilite, uma inflamação dolorosa das articulações do cotovelo é uma condição que afeta um grande número de pessoas especialmente aquelas envolvidas em atividades que necessitam de movimentos repetitivos dos membros superiores. Ela se manifesta de duas formas: epicondilite lateral (ou “cotovelo de tenista”) e epicondilite medial (ou “cotovelo de golfista”).
A epicondilite geralmente ocorre devido ao uso excessivo e repetitivo dos músculos e tendões que se ligam aos epicôndilos, as proeminências ósseas no cotovelo. Essa tensão repetitiva traz micro lesões nos tecidos levando à inflamação e dor. A epicondilite lateral é frequentemente ligada a atividades que envolvem movimentos de torção e flexão do pulso como a prática de tênis, enquanto a epicondilite medial está ligada a atividades que exigem movimentos de agarrar, como o golfe.
Os sintomas da epicondilite incluem dor no cotovelo, sensibilidade na área do epicôndilo, fraqueza na empunhadura e desconforto ao realizar movimentos que envolvem o uso dos músculos afetados. O diagnóstico geralmente é feito por avaliação clínica, histórico do paciente e em alguns casos exames de imagem, como a ressonância magnética. A identificação inicial dos sintomas é crucial para evitar a progressão da lesão e permitir um tratamento mais eficaz.
O tratamento da epicondilite visa aliviar a dor, reduzir a inflamação e promover a cicatrização dos tecidos atingidos. Inicialmente o repouso é fundamental com a suspensão de atividades que causam a dor. Terapias físicas como fisioterapia, podem ajudar a fortalecer os músculos e tendões e melhorar a flexibilidade. Além disso o uso de órteses como cotoveleiras, pode ser benéfico para reduzir o estresse na articulação. Em casos mais graves, tratamentos médicos, como injeções de corticosteroides ou mesmo cirurgia podem ser considerados.
Pode incluir no tratamento o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno, para reduzir a dor e a inflamação. Além disso terapias alternativas como acupuntura, massagem e tratamentos com gelo e calor, podem proporcionar alívio temporário dos sintomas. É importante ressaltar que qualquer tratamento ou uso de medicamentos deve ser discutido com um profissional de saúde, que pode fornecer orientação personalizada.
A epicondilite é uma condição dolorosa que pode afetar de forma significativa a qualidade de vida de quem a vivência. A prevenção como o uso de técnicas apropriadas e equipamentos ergonômicos é essencial para evitar o desenvolvimento dessa lesão. Caso ocorra o diagnóstico precoce e um plano de tratamento bem orientado, que inclua repouso, fisioterapia e, quando necessário medicação são fundamentais para uma recuperação bem-sucedida. O acompanhamento com um profissional de saúde é essencial para o um tratamento eficaz da epicondilite permitindo que os pacientes voltem a suas atividades normais com o mínimo de desconforto possível.
