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Durante décadas a adolescência tem sido um caminho de autodescoberta e crescimento um período no qual os jovens navegam pela descoberta da identidade. Hoje, essa trajetória é marcada por uma revolução digital que trouxe um fenômeno perturbador: a distorção de imagem. Nas telas que brilham de nossos dispositivos e nas páginas das redes sociais os adolescentes são constantemente confrontados com imagens retocadas, padrões de beleza inatingíveis e uma grande pressão para que se encaixem em moldes que na realidade não existem.
A distorção de imagem é uma percepção distorcida que uma pessoa tem de sua própria aparência de forma frequente e ela se enxerga de uma maneira negativa ou de forma exagerada em comparação com a realidade. Isso pode resultar em uma insatisfação com a imagem de forma intensa e em casos mais graves, a distúrbios alimentares e problemas de saúde mental.
A distorção de imagem é frequentemente influenciada por pressões sociais, mídia e padrões de beleza irreais, afetando especialmente adolescentes e jovens adultos. As estatísticas que ligam os adolescentes que sofrem com a distorção de imagem na sociedade são preocupantes. Estima-se que mais de metade dos adolescentes em todo o mundo tem uma certa insatisfação com sua aparência corporal uma tendência que só piora pelo uso intensivo das redes sociais.
Pesquisas mostram que essa insatisfação está atrelada ao aumento dos transtornos alimentares, como anorexia e bulimia além de problemas de saúde mental como depressão e ansiedade. A pressão para ser aceito aos padrões de beleza inatingíveis e a constante exposição a modelos ideais nas mídias sociais são fatores que contribuem para a distorção de imagem entre os adolescentes, exigindo uma atenção valiosa da sociedade e dos profissionais de saúde mental.
Adolescentes que sofrem de distorção de imagem vivem uma realidade em que sua percepção distorce de sua aparência física e os assombram de forma constante. Eles frequentemente se veem como imperfeitos ou inadequados mesmo quando não tem evidências para sustentar essas crenças que são tão negativas. Isso gera um ciclo de insatisfação com o corpo, levando a um grande estresse emocional de ansiedade e uma constante busca pela perfeição que não existe.
Eles podem evitar situações sociais, esconder seus corpos e sentir-se envergonhados o que pode prejudicar sua autoestima e autoconfiança. Em casos mais graves, essa luta interna pode levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia ou bulimia, e um grande impacto na saúde mental, exigindo apoio adequado para ajudar a enfrentar esses desafios.
A bulimia e a anorexia são transtornos alimentares graves que afetam a saúde física e mental das pessoas. Na bulimia as pessoas com frequência se envolvem em episódios de compulsão alimentar, seguidos por formas prejudiciais para evitar o ganho de peso como vômitos induzidos, uso excessivo de laxantes ou exercícios intensos.
A anorexia envolve uma restrição extrema na ingestão dos alimentos levando a uma perda de peso significativa acompanhada de uma imagem corporal distorcida, medo excessivo de ganhar peso e uma preocupação com a comida que não vai embora. Os dois transtornos têm consequências graves para a saúde física que incluem desequilíbrios nutricionais, problemas cardíacos, problemas no sistema gastrointestinal e outros efeitos. Além disso eles também tem um grande impacto na saúde mental aumentando os casos de depressão, ansiedade e isolamento social. O tratamento precoce e adequado é fundamental para a recuperação desses transtornos complexos.
As redes sociais tem um papel significativo no que diz respeito a piora da distorção de imagem entre os adolescentes. Plataformas digitais com fotos e vídeos interativos muitas vezes exibem imagens que são editadas e filtradas de corpos “ideais” em vidas perfeitas criando padrões de beleza inatingíveis. Para os adolescentes que já lutam com a insatisfação corporal, essas imagens podem piorar sua autoimagem negativa e aumentar os sentimentos de rejeição.
Além disso a cultura de comparação constante nas redes sociais pode levar a uma busca incansável por validação e likes que aumentam a ideia de que a autoestima está ligada à aparência física. A exposição excessiva a essas representações de corpos e vidas pode piorar a ansiedade, a depressão e o isolamento social entre eles mesmo, criando um ambiente virtual muitas vezes desafiador para aqueles que já estão vulneráveis à distorção de imagem. É essencial promover uma consciência crítica sobre o uso das redes sociais e incentivar uma cultura de aceitação e o ser autêntico onde os adolescentes possam se sentir valorizados independentemente de sua aparência.
Para ajudar os adolescentes que sofrem com distorção de imagem por causa das redes sociais é importante promover a consciência que alimentem a autoaceitação. Incentivar conversas abertas sobre o poder das redes sociais em suas vidas e como podem diferenciar entre realidade e representação a se idealizar.
Ensinar a filtrar e bloquear conteúdo negativo ou aqueles que prejudicam e a seguir contas que promovam a positividade corporal e a diversidade. Além disso, encoraje atividades fora das redes sociais que deem força a autoestima e o bem estar mental como praticar esportes, participar de grupos de apoio ou se envolver em projetos criativos.
Esteja sempre disponível para ouvir, apoiar e lembrar os adolescentes de que eles são amados e valorizados por quem são e não por sua aparência. Se a distorção de imagem insistir ou se agravar, busque orientação de uma equipe profissional que consiga abordar todas as vertentes que abrangem a distorção de imagem e assim seguir um tratamento adequado.
