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Bolsas da Europa fecham sem sinal único

O índice DAX, de Frankfurt, terminou com variação negativa de 0,03%, a 18.907,66 pontos, revertendo alta que levou o benchmark à marca inédita

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31 de agosto de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham sem sinal único
O cenário benigno reflete o maior otimismo nos mercados globais quanto às perspectivas da economia dos EUA.

A bolsas da Europa fecharam sem sinal único na sexta-feira, 30, perdendo força no fim da sessão acompanhando a hesitação de Wall Street após dados de inflação nos Estados Unidos. Os principais mercados europeus – Londres, Paris e Frankfurt – caíram, colocando em segundo plano o ímpeto obtido pela manhã com dados locais, enquanto as bolsas de Milão e de Madri subiram com ajuda dos bancos.

O índice DAX, de Frankfurt, terminou com variação negativa de 0,03%, a 18.907,66 pontos, revertendo alta que levou o benchmark à marca inédita pontuação de 18.970,71 pontos na máxima do dia.
O índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,04%, a 8.376,63 pontos. O CAC 40 caiu 0,13%, encerrando em 7.630,95 pontos. As cotações são preliminares. No acumulado do mês, Londres avançou 0,10%, Paris subiu 1,32% e Frankfurt, 2,15%.

As bolsas de Nova York reduziram a alta depois de os investidores digerirem dados da inflação PCE, renda pessoal e gastos com consumo dos EUA. Na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu à taxa anual de 2,2% este mês, o menor ritmo desde julho de 2021, em uma dinâmica que pavimenta o caminho para mais cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE).

O membro do BCE e dirigente do BC da França, François Villeroy de Galhau, disse que seria sábio realizar um corte da taxa de juros em setembro. Madis Muller, membro do Conselho do BCE, afirmou que a confiança em um corte de juros em setembro está aumentando. Já a dirigente do BCE Isabel Schnabel defendeu cautela.

As ações dos bancos foram destaque entre os componentes do FTSE MIB, que fechou em alta de 0,53%, aos 34.372,67 pontos, e avançou 1,80% no mês. O BPER Banca saltou 2,43%, o Unicredit, 1,29% e o Intesa San Paolo, 0,97%. A Bloomberg informou que os maiores bancos da Europa estão prestes a distribuir mais de 50 bilhões de euros (US$ 56 bilhões) em dividendos e recompras de ações este ano.

Em Paris, o Credit Agricole subiu 2,14% e o BNP Paribas teve alta de 0,42%. O ING computou ganho de 0,43% em Amsterdã.

Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,69%, aos 6.760,15 pontos, mas caiu 0,77% no mês. O IBEX 35, de Madri, avançou 0,42%, aos 11.406,30 pontos, e ganhou 3,04% no mês, com ajuda das ações do Caixabank (0,99%), Santander (0,31%), BBVA (0,71%) e Sabadell (1,02%). As cotações são preliminares.

As bolsas de Mumbai fecharam em níveis recordes na sexta-feira, 30, em linha com os ganhos generalizados na Ásia após dados esfriarem os temores por uma recessão nos Estados Unidos.
O índice Nifty 50 encerrou o pregão em alta de 0,40%, a 25 151,95 pontos, enquanto o menos abrangente Sensex subiu 0,28%, a 82.365,77 pontos, ambos com as maiores pontuações da história.
Os papéis do setor financeiro lideraram o rali, com destaque para Bajaj Finance (+1,93%) , Bajaj Finserv (+1,56%) e RBL Bank (+0,35%).

O cenário benigno reflete o maior otimismo nos mercados globais quanto às perspectivas da economia dos EUA. Na quinta, 29, a segunda leitura do PIB americano apontou crescimento de 3,0% no segundo trimestre, mais do que havia sido estimado na preliminar.