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Postura defensiva

Bolsas da Europa fecham sem direção única com Paris e Londres nas mínimas do dia

O índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,34%, a 8.241,71 pontos. O CAC 40 cedeu 0,92%, encerrando em 7.431,96 pontos.

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05 de setembro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham sem direção única com Paris e Londres nas mínimas do dia
s bolsas europeias voltaram a perder fôlego com a aproximação do fechamento do pregão

As bolsas da Europa fecharam sem direção única na quinta-feira, 5, após uma sessão de volatilidade com ajustes de expectativas sobre a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em relação ao corte de juros. Paris foi destaque de baixa, em meio às repercussões sobre a escolha pelo presidente da França, Emmanuel Macron, de Michel Barnier ao cargo de primeiro-ministro, com a delicada missão de buscar consensos em uma assembleia dividida.

O índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,34%, a 8.241,71 pontos. O CAC 40 cedeu 0,92%, encerrando em 7.431,96 pontos. Os índices dos dois mercados fecharam nas mínimas do dia. O índice DAX, de Frankfurt, com variação de 0,08%, aos 18.576,50 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas europeias voltaram a perder fôlego com a aproximação do fechamento do pregão, sem conseguirem sustentar a melhora vista no meio da manhã, após nova rodada de dados abaixo do esperado sobre o mercado de trabalho dos EUA renovar expectativa por uma postura menos rígida do Fed.

Os indicadores trouxeram sinais divergentes sobre a atividade europeia. As vendas no varejo tiveram aumento marginal de 0,1% em julho ante junho e, na visão do ING, sugerem demanda doméstica ainda comprimida. No entanto, as encomendas à indústria da Alemanha tiveram inesperada alta no mesmo período.

Em Londres, as mineradoras conseguiram se recuperar, com a retomada da alta do cobre. A Anglo American subiu 0,21% e a Rio Tinto, 0,82%. A petrolífera BP subiu 0,19% e a BP teve variação positiva de 0,08%.

As ações do Deutsche Bank subiram 2,30% em Frankfurt, após o banco fechar um novo acordo sobre a disputa legal envolvendo a aquisição do Postbank.

O Deutsche Bank chegou a um acordo com a “Effecten-Spiegel AG”, que receberá um pagamento adicional de 36,50 euros por ação, bem como um reembolso não especificado de custos, conforme anunciado pelo banco.

Nas demais bolsas da região, o Ibex 35, de Madri, subiu 0,53%, aos 11.273,50 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,01%, aos 33.684,80 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 registrou alta de 0,02%, aos 6.741,10 pontos. As cotações são preliminares. As perdas predominaram no fechamento das bolsas da Ásia nesta quinta-feira, 5, em mais uma sessão de cautela diante de temores por uma desaceleração aguda da economia dos Estados Unidos. Os mercados na China continental, contudo, conseguiram computar ganhos, em meio à recuperação de papéis do setor imobiliário.

A abertura de vagas aquém do esperado reforçou as preocupações de que a atividade americana pode estar a caminho de uma recessão, apesar da consolidada expectativa por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) este mês.

O quadro incerto induziu uma postura defensiva ao redor do mundo. Na Coreia do Sul, o índice Kospi encerrou a sessão em baixa de 0,21% em Seul, a 2.575,50 pontos. Já o Nikkei, referência em Tóquio, enfrentou pressão mais firme, em queda de 1,05%, a 36 657,09 pontos.

Os salários reais no Japão desaceleraram, mas cresceram pelo segundo mês consecutivo em julho, de acordo com dados divulgados na quinta. “Esse forte desempenho está aumentando as especulações de que o Banco do Japão pode buscar aumentar os juros novamente antes do final de 2024 e talvez ajude a explicar o fraco desempenho das ações japonesas durante a noite”, ressalta o Deutsche Bank.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng cedeu 0,07%, a 17.444,30 pontos Por outro lado, o Xangai Composto subiu 0,14%, a 2.788,31 pontos, enquanto o Shenzhen Composto avançou 0,52%, a 1.529,62 pontos. A ação da incorporadora China Vanke teve incremento de 2,01% e a da Poly Developments and Holding Group ganhou 1,17%. O Citi prevê uma recuperação do mercado imobiliário chinês no segundo semestre.
O índice Taiex, de Taiwen, registrou alta de 0,45%, a 21.187,71 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, aumentou 0,40%, a 7.982,40 pontos. Apesar disso, o papel da Challenger despencou cerca de 11%, depois que a Apollo Global Management cortou a participação na empresa de 20,1% para 9,9%.