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Bolsas da Europa caem com dados nos EUA

O índice DAX, de Frankfurt, terminou em queda de 0,92%, aos 18 756,47 pontos, após cravar o recorde intradiário de 18.990,78 pontos pela manhã.

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03 de setembro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa caem com dados nos EUA
O índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,78%, a 8.298,46 pontos. O CAC 40 cedeu 0,93%, encerrando em 7,575,10 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas da Europa fecharam em queda na terça-feira, 3, acentuando as perdas após dados abaixo das expectativas nos Estados Unidos renovarem temores de desaceleração da atividade econômica americana. Em Londres, as ações de empresas vinculadas a commodities tinham perdas acentuadas com queda dos metais e petróleo diante das preocupações com a demanda da China. O DAX, referência em Frankfurt, chegou a cravar novo recorde intraday logo na abertura, mas perdeu fôlego.

O índice DAX, de Frankfurt, terminou em queda de 0,92%, aos 18 756,47 pontos, após cravar o recorde intradiário de 18.990,78 pontos pela manhã. O índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,78%, a 8.298,46 pontos. O CAC 40 cedeu 0,93%, encerrando em 7,575,10 pontos. As cotações são preliminares.

Em uma semana marcada por expectativas com os dados do mercado de trabalho (payroll) nos EUA na sexta-feira, o mercado reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) abra o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 50 pontos-base nos juros no próximo encontro de 18 de setembro, após a divulgação de dados do setor industrial e de construção nos Estados Unidos mais fracos que o esperado. A aposta majoritária, entretanto, continua sendo por corte de 25 pontos-base na ocasião.

Em Londres, as ações das mineradoras e empresas ligadas a commodities ficaram entre as principais perdas, diante da queda do petróleo e dos metais. A Antofagasta cedeu 5,21% e a Anglo American, 4,40%. A Glencore recuou 4,10% e a Fresnillo, 5,17%. A Rio Tinto caiu 2,20%. A petrolífera Shell perdeu 2,59%.

Na França, o presidente Emmanuel Macron seguiu em reuniões com políticos importantes enquanto se aproxima de nomear um novo primeiro-ministro. A TotalEnergies cedeu 2,96% em Paris. Os papéis da Equinor, Eni, Repsol, OMV e Galp também cederam. A principal queda porcentual no FTSE 100 foi da Rightmove, que fechou com recuo de 6,27% em ajuste após o salto da véspera.

A apreensão também contaminou outras praças da região. O FTSE MIB, de Milão, caiu 1,33%, aos 33.863,43 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,99%, aos 6.706,82 pontos. O Ibex 35, de Madri, encerrou com baixa de 1,17%, aos 11.262,50 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda na terça-feira, 3, enquanto persiste o nervosismo entre investidores em relação ao ritmo de recuperação da economia chinesa.

Em relatório, a Capital Economics avalia que o cenário deve permanecer “sombrio” para os mercados da China nos próximos meses, em meio a uma série de desafios estruturais enfrentados pelo país asiático.
Neste ambiente, o índice Xangai Composto encerrou a sessão em baixa de 0,29%, 2.802,98 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto conseguiu computar ganho de 1,06%, a 1.530,73 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,23%, a 17.651,49 pontos. As ações do setor bancário figuraram entre os destaques negativos, puxadas por Industrial & Commercial Bank of China (-2,06%) e Agricultural Bank of China (-2,82%).

Operadores monitoram ainda as crescentes tensões entre China e Japão. Pequim emitiu uma ameaça de retaliação caso os japoneses imponham mais restrições à venda e manutenção de equipamentos de fabricação de chips para empresas chinesas, conforme revelou a Bloomberg.

Em Tóquio, o índice Nikkei cedeu 0,04%, a 38.686,31 pontos, diante do fortalecimento do iene. O presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, reiterou expectativa por mais aumento de juros, caso a economia siga evoluindo conforme o esperado.

Entre outras praças, o índice Kospi, de Seul, caiu 0,61%, a 2 664,63 pontos, na mínima intraday, enquanto o Taiex, de Taiwan, baixou 0,64%, a 22.092,21 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, recuou 0,08%, a 8.103,20 pontos.