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Alckmin diz que viagens que fará à Arábia Saudita e China vão elevar vendas e abrir mercados

“Exportamos US$ 340 bilhões no ano passado e 30% foi só para a China”, afirmou Geraldo Alckmin em entrevista à BandNews.

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01 de junho de 2024
Vinicius Palermo
Alckmin diz que viagens que fará à Arábia Saudita e China vão elevar vendas e abrir mercados
O vice-presidente Geraldo Alckmin

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que as viagens a China e Arábia Saudita que fará no fim de semana irão aumentar as vendas e abrir mais mercados para o Brasil. “Exportamos US$ 340 bilhões no ano passado e 30% foi só para a China”, afirmou em entrevista à BandNews.

Ele viaja neste sábado, 1º de junho, com uma comitiva que contará com outros ministros e com 150 empresários. Segundo Alckmin, a agenda busca fortalecer laços, estabelecer cooperação em várias áreas e abrir mercados para produtos brasileiros.

O destaque da agenda é a reunião que acontece na próxima quinta-feira, 6, quando Alckmin participa da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), instrumento de negociação entre Brasil e China criado em 2004.

A Cosban permite negociações de alto nível em diversos setores. “O ano de 2024 marca os 20 anos do mecanismo de diálogo e os 50 anos de estabelecimento de relações bilaterais”, disse a pasta.

A agenda também prevê encontros, seminários e negociações, que abarcam as áreas de indústria, infraestrutura, comércio e investimentos.

Em Pequim, fórum empresarial organizado pelo MDIC, ApexBrasil, Itamaraty, MOFCOM (Ministério do Comércio da China) e China Council for the International Investment Promotion – CCIIP, terá a presença de 400 empresários, entre brasileiros e chineses, para debater parcerias e celebrar as cinco décadas de relações bilaterais.

Ainda na China, Alckmin irá se encontrar com vice-presidente chinês, Han Zheng, que copreside a Cosban ao lado do vice brasileiro.

Em Riad, na Arábia Saudita, está previsto um encontro bilateral com o ministro de Investimentos, Khalid Al Falih, e com o ministro da Defesa, príncipe Khalid bin Salman. “A agenda saudita inclui ainda reuniões com empresários e fundos de investimento dos dois países, em que participam BNDES, CNI, ApexBrasil e ABDI”, informou o MDIC.

Os ministros Rui Costa (Casa Civil) Simone Tebet (Planejamento), Carlos Fávaro (Agricultura), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Márcio França (Empreendedorismo) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), além dos presidentes da ApexBrasil, Jorge Viana, e da ABDI, Ricardo Cappelli, compõem a comitiva liderada por Alckmin.

Pelo MDIC, participam da viagem o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, e a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

A delegação será integrada por Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e estruturação de projetos do BNDES, e por Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Os sauditas têm demonstrado grande interesse em investir no Brasil, e a China é hoje o principal destino de nossas exportações”, disse Alckmin em nota sobre a viagem.

Mover

Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira, 31, que o Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) alcançou o seu objetivo principal, de aquecer o setor automotivo. Ele defendeu que o Congresso analise separadamente os jabutis embutidos no projeto de lei que regulamenta o programa, embora tenha dito que houve equilíbrio entre propostas a ponto de alcançar um quase consenso.

O projeto de lei que regulamenta o Mover foi aprovado esta semana pela Câmara, com alguns jabutis – trechos que não têm relação com o conteúdo principal do texto. Um deles foi a taxação em 20% de produtos importados de até US$ 50. “Chegamos a 20%. A proposta inicial era de 60%. O argumento é correto, porque se aqui pago impostos nacionais, quero tratamento igual”, afirmou o vice-presidente.

Já sobre as regras de conteúdo local para a indústria brasileira de óleo e gás, Alckmin disse defender a retirada do tema no PL do Mover para ser tratado de forma separada. “Exigência de conteúdo nacional para setor de óleo e gás precisa ser tratada separadamente”, afirmou.

Sobre um possível veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto, Alckmin disse que não ouviu isso de Lula. “Meu entendimento é de que não vetará. Foi quase uma unanimidade. Não vai onerar tanto o consumidor, mas vai fazer diferença no emprego e renda”, afirmou.

Depreciação Acelerada

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que os setores a serem beneficiados pelo programa Depreciação Acelerada serão definidos em junho. “Setores são aqueles que geram mais empregos e que estão com seu parque industrial mais envelhecido”, disse em entrevista à BandNews.

Alckmin lembrou que, para a depreciação acelerada, serão investidos R$ 3,4 bilhões. “Como funciona? Para o produtor que está com o maquinário envelhecido, incentivo ele à troca e reduzo impostos para essa compra”, disse.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que institui do programa Depreciação Acelerada na terça-feira, 28.

Segundo aponta o governo, estudos de bancos privados e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontam que a iniciativa tem potencial para alavancar investimentos da ordem de R$ 20 bilhões, com reflexos no PIB e na geração de empregos.