Economia
Juros

Alckmin diz que cumprir arcabouço ajuda política monetária

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, voltou a reafirmar o compromisso do governo federal com o arcabouço fiscal

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30 de agosto de 2024
Vinicius Palermo
Alckmin diz que cumprir arcabouço ajuda política monetária
O vice presidente Geraldo Alckmin

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, voltou a reafirmar o compromisso do governo federal com o arcabouço fiscal e criticou o nível de juros reais do País. “Cumprir o arcabouço ajuda a política monetária. Ajuda a reduzir os juros e reduzir os juros é fundamental”, disse. “Não tem nenhuma razão para termos o segundo juro real mais alto do mundo Isso segura a economia como um freio”, reforçou.

Alckmin destacou os superávits da balança comercial, a queda da taxa de desemprego e as reservas do País, “com mais de US$ 370 bilhões”, como indicadores positivos da economia brasileira.

“Tirar R$ 100 milhões da saúde, educação, infraestrutura e gastar R$ 200 bilhões com juros? Não faz sentido, os pressupostos econômicos do Brasil são sólidos”, disse o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Alckmin ainda reiterou que programas de estímulo à indústria, como o programa Mover, voltado para o setor automotivo, e o REIQ, para a indústria química, estão previstos no orçamento de 2025.

O vice-presidente da República reafirmou que o governo está nas tratativas para conseguir ampliar o volume de recursos e estender por mais dois anos o programa de depreciação acelerada, lançado para incentivar os investimentos em máquinas e equipamentos na indústria. “Talvez a gente consiga mais R$ 5 bilhões para estendê-lo e ampliar seu escopo”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Alckmin reforçou que o País conta com um parque industrial envelhecido, o que confere um bom momento para investimentos. “Estamos com quase 84% da capacidade aproveitada de operação. Reduziu a ociosidade e precisa comprar máquina”, comentou ele, participante de evento da Semana Nacional de Engenharia, em São Paulo.

O chefe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) ainda salientou que a nova lei de depreciação acelerada entra em vigência em setembro, com R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para este ano e 2025.

O benefício visa a apoiar as compras de máquinas e equipamentos ao permitir que as empresas possam abater dos impostos em apenas dois anos, ao invés de até 20 anos, os investimentos feitos em bens de capital.

O vice-presidente da República frisou que o lançamento da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) em setembro é uma das boas notícias previstas para o mês, com a premissa de alavancar a indústria.

“Para a agricultura, temos a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio). Para o setor imobiliário, temos a LCI (Letra de Crédito Imobiliário). E, para a indústria, teremos a LCD. É crédito mais barato porque tira o IR de pessoa física que adquiriu o título e reduz o IR de pessoa jurídica, e vai impulsionar a indústria”, disse Alckmin, que além de vice-presidente comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A LCD é um título de renda fixa que será emitido pelo BNDES e por bancos de desenvolvimento estaduais, com limite anual de R$ 10 bilhões por instituição.