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Braskem teve prejuízo de R$ 593 milhões no terceiro trimestre

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 2,332 bilhões, representando um recuo de 3% ante o registrado em igual etapa do ano passado.

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07 de novembro de 2024
Vinicius Palermo
Braskem teve prejuízo de R$ 593 milhões no terceiro trimestre
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 2,394 bilhões no período, alta de 160% em um ano.

A Braskem reportou no terceiro trimestre de 2024 um prejuízo de R$ 593 milhões, cifra 75% menor ante as perdas de R$ 2,418 bilhões registradas no mesmo período de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 2,394 bilhões no período, alta de 160% em um ano. Esse foi o maior Ebitda recorrente trimestral desde o segundo trimestre de 2022. Nesse cenário, a geração operacional de caixa foi de R$ 416 milhões entre julho e setembro.

A receita líquida somou R$ 21,265 bilhões, um avanço de 28% ante o mesmo intervalo de 2023. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 2,332 bilhões, representando um recuo de 3% ante o registrado em igual etapa do ano passado.

Em seu release de resultados, a empresa destaca que a retomada das operações no polo petroquímico do Rio Grande do Sul impactou positivamente em 2 pontos porcentuais (p.p.) a taxa de utilização do segmento Brasil/América do Sul em comparação com o trimestre anterior.

“Deste modo, apesar da menor demanda no mercado brasileiro neste trimestre, as vendas no mercado brasileiro foram superiores devido à maior disponibilidade de produtos para comercialização”, destaca a companhia.

A empresa ressalta ainda que os spreads no mercado petroquímico internacional seguiram a trajetória positiva.

A Braskem explica que o setor petroquímico global permaneceu impactado pelos maiores custos de fretes marítimos. Adicionalmente, paradas programadas e não programadas em várias regiões impactaram o nível de oferta, contribuindo para o aumento dos spreads no mercado internacional.

A Braskem está entre as três primeiras empresas no ranking Circular Economy Companies 2024 da Bloomberg New Energy Finance (BloombergNEF). O segundo lugar entre as 20 produtoras globais de plástico reforça o comprometimento da empresa com o desenvolvimento sustentável.

O ranking avaliou as metas de economia circular de 40 empresas, incluindo 20 brand owners e 20 produtoras de plástico. A posição de destaque da Braskem reflete seus esforços contínuos para aumentar o uso de materiais reciclados e de base biológica em vários setores e aplicações.

Segundo a BloombergNEF, vários fatores contribuíram para o reconhecimento da empresa: parcerias estratégicas formadas ao longo da cadeia de valor, transparência nas atividades, métricas sustentáveis ​​e metas ambiciosas.

“O ranking destaca os resultados do comprometimento de toda a nossa equipe com a sustentabilidade e a inovação. Esses pontos estão no cerne da nossa estratégia de negócios. Além disso, reflete o progresso significativo que fizemos no aumento da circularidade dos nossos produtos e nossa busca incansável por soluções que apoiem uma economia circular de baixo carbono”, afirma Roberto Bischoff, CEO da Braskem.

O relatório da BloombergNEF também destacou os desafios que a indústria enfrentou para atingir suas ambiciosas metas para 2030. A abordagem proativa da Braskem a posicionou entre os líderes na transição global para uma economia que aborda os desafios das mudanças climáticas e dos resíduos plásticos.

A estratégia de economia circular da Braskem se concentra no desenvolvimento de produtos e soluções alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Isso inclui o desenvolvimento de tecnologias para reciclagem mecânica e química, bem como a expansão do uso de matérias-primas renováveis ​​e biopolímeros no mercado.