Marvym de Brito
Marvym de Brito
Saúde e Bem Estar

Emagrecer com saúde: fuja dos atalhos perigosos

A promessa de resultados imediatos e a pressão da sociedade para atingir os padrões estéticos levam milhões de pessoas a buscarem remédios muitas vezes sem orientação de forma adequada.

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16 de setembro de 2024
Emagrecer com saúde: fuja dos atalhos perigosos
Foto: Divulgação

É grande o número de pessoas que estão em busca do emagrecimento, tentando perder os quilinhos extras e em busca de uma melhor qualidade de vida. Também vem aumentando o número de pessoas que buscam por métodos rápidos para perder peso. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é uma epidemia global e afeta mais de 650 milhões de adultos em todo o mundo.

No Brasil o Ministério da Saúde mostra que mais da metade da população está acima do peso. Acaba sendo mais comum do que imaginamos optar pelo uso de medicamentos emagrecedores como uma solução rápida sem considerar os riscos à saúde. A promessa de resultados imediatos e a pressão da sociedade para atingir os padrões estéticos levam milhões de pessoas a buscarem por esses remédios muitas vezes sem orientação de forma adequada.

Os medicamentos emagrecedores agem de formas diferentes no organismo para que aconteça a perda de peso. Alguns agem inibindo o apetite e influenciando o sistema nervoso central para reduzir a sensação de fome assim diminui a ingestão de calorias no decorrer dos dias. Outros agem na absorção de gorduras atuando na ação de enzimas que são responsáveis por processar os lipídios que estão presentes na nossa alimentação e assim gera uma menor assimilação das calorias.

Existem também aqueles que aumentam o gasto energético, que é o valor de calorias que usamos para nossas atividades diárias e aceleram o metabolismo para que o corpo queime mais calorias mesmo em repouso. Essas abordagens parecem ser eficientes a primeira vista. A forma de ação desses medicamentos pode sobrecarregar o sistema nervoso, o aparelho digestivo e o coração, abrindo a porta uma série de efeitos colaterais, além de causar dependência psicológica ao corpo.

Os efeitos colaterais dos remédios emagrecedores podem ser variados. Os mais comuns são as palpitações aumento da pressão arterial e taquicardia que podem sobrecarregar o sistema cardiovascular e aumentar o risco de problemas como infartos e derrames. Também é frequente o aparecimento da insônia agitação e ansiedade. Distúrbios gastrointestinais como diarreia náuseas e constipação são frequentes nos casos em que os medicamentos interferem na absorção de nutrientes.

O uso quando prolongado pode levar a dependência e causar o chamado “efeito rebote”, onde o peso perdido é rapidamente recuperado quando o uso é suspenso, ganhando ainda mais peso. O impacto no equilíbrio hormonal também é visto, uma vez que pode desregular funções importantes do organismo.

Os remédios emagrecedores são direcionados exclusivamente para casos graves de obesidade e de pessoas que precisam, onde o excesso de peso coloca a saúde em risco constante a doenças crônicas que estão associados ao diabetes tipo 2, hipertensão e dislipidemia. Esses remédios devem ser prescritos e acompanhados por um profissional de saúde sempre avaliando os riscos e benefícios. E

Eles não são destinados para pessoas que querem perder apenas 2 ou 3 quilos por questões estéticas. O uso desses medicamentos por quem não se enquadra nesse perfil pode trazer mais malefícios do que benefícios e comprometer a saúde física e mental. É essencial que esses medicamentos sejam para a público certo e tratados como uma intervenção séria e não uma solução rápida para a perda de peso leve.

A solução mais segura e eficaz para a perda de peso continua sendo uma alimentação equilibrada e saudável sem grandes exageros e atrelada a prática regular de atividades físicas. Pequenas mudanças no dia a dia como a comer mais frutas, verduras e alimentos integrais, junto de hábitos como beber água regular, dormir bem promovem resultados a longo prazo.

Diferente dos atalhos que os remédios emagrecedores oferecem. Um estilo de vida saudável não só contribui para a perda de peso, mas também melhora a qualidade de vida e diminui o risco de doenças. O segredo está na constância e no equilíbrio sem a necessidade de recorrer a soluções rápidas e arriscadas.