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Bolsas da Europa fecham em baixa punidas por mineradoras e setor de luxo

O setor de luxo continuou pressionado depois que a Hugo Boss reduziu suas previsões de vendas, evidenciando os desafios do segmento.

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17 de julho de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em baixa punidas por mineradoras e setor de luxo
Em Paris, o índice CAC 40 cedeu 0,69%, aos 7.580,03 pontos.

As bolsas europeias fecharam, majoritariamente, em baixa nesta terça-feira, 16, ampliando perdas do pregão anterior, com o fraco desempenho de ações de mineradoras, após corte de projeção da Rio Tinto. O setor de luxo continuou pressionado depois que a Hugo Boss reduziu suas previsões de vendas, evidenciando os desafios do segmento.

Em Paris, o índice CAC 40 cedeu 0,69%, aos 7.580,03 pontos. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,22% e fechou em 8 164,90 pontos. Em Frankfurt, o DAX registrou queda de 0,35% aos 18.524,98 pontos. As cotações são preliminares.

Em Londres, a Rio Tinto caiu 1,35%. A segunda maior mineradora do mundo em valor de mercado cortou projeção para a produção de cobre e relatar embarques de minério de ferro abaixo do esperado. A Hugo Boss cedeu 8,03% em Frankfurt, após a grife alemã reduzir sua expectativa de vendas para o ano.

A empresa enfrenta um mercado fraco e preocupações específicas da companhia que podem afetar seus resultados do segundo semestre e atrasar as suas metas para 2025, afirmam os analistas do Citi Thomas Chauvet e Lorenzo Bracco em nota. Os recentes alertas do setor de bens de luxo levaram os maiores grupos do segmento a perderem mais de US$ 40 bilhões em valor de mercado combinado nas duas últimas sessões. Nesta terça, Kering cedeu 3,10%, Hermès recuou 2,32% e LVMH caiu 1,91% em Paris.

Investidores também ponderam indicadores locais. Na Alemanha, o índice ZEW recuou para 41,8 pontos em julho, mas ficou um pouco acima do esperado. A zona do euro apresentou superávit comercial bem menor do que o saldo positivo do mês anterior. Dados e os desdobramentos na cena política nos Estados Unidos também foram monitorados.

Em Milão, FTSE MIB, de Milão, perdeu 0,02%, aos 34.369,19 pontos Em Lisboa, o PSI 20 fechou em alta de 1,04%, aos 6.775,93 pontos. Em Madri, o Ibex 35 caiu 0,40%, para os 11.098,00 pontos. As cotações também são preliminares.

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 16, após mais uma rodada de ganhos em Wall Street, embora recentes dados fracos da China tenham limitado o apetite por risco.
O índice japonês Nikkei subiu 0,20% em Tóquio, a 41.275,08 pontos, ao voltar de um feriado, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,18% em Seul, a 2.866,09 pontos, e o Taiex registrou alta de 0,49% em Taiwan, a 23.997,25 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto teve ganho marginal de 0,08%, a 2.976,30 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 0,49%, a 1.611,80 pontos, com investidores à espera de que o Partido Comunista chinês anuncie novos estímulos econômicos, durante reunião de quatro dias que se estenderá até quinta-feira (18), após a decepção com os últimos indicadores do país.

Nesta terça-feira, as bolsas de Nova York encerraram os negócios em alta, com recorde do índice Dow Jones, após mais indicações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está se aproximando de começar a cortar juros e a avaliação de que o ex-presidente dos EUA Donald Trump tem maiores chances de ganhar a eleição de novembro após o atentado que sofreu no fim de semana. A visão é de que um novo governo Trump tenderia a adotar mais incentivos fiscais.

Na contramão, o Hang Seng caiu 1,60% em Hong Kong, a 17 727,98 pontos, ainda pressionado pela desaceleração da China. A taxa anual de crescimento da segunda maior economia do mundo diminuiu de 5,3% no primeiro trimestre para 4,7% no segundo.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, após atingir níveis inéditos por dois pregões seguidos, sob o peso de ações de grandes mineradoras. O S&P/ASX 200 recuou 0,23% em Sydney, a 7.999,30 pontos.