Economia
Retomada

Ouro Fino teve lucro ajustado de R$ 8,8 milhões

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no primeiro trimestre cresceu 706,1% na comparação anual, para R$ 24,2 milhões.

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11 de maio de 2024
Vinicius Palermo
Ouro Fino teve lucro ajustado de R$ 8,8 milhões
Em igual período do ano passado, a empresa teve prejuízo de R$ 3,4 milhões.

A Ouro Fino Saúde Animal teve lucro líquido ajustado de R$ 8,8 milhões no primeiro trimestre deste ano, informou a companhia na quinta-feira, 9, depois do fechamento do mercado financeiro. Em igual período do ano passado, a empresa teve prejuízo de R$ 3,4 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no primeiro trimestre cresceu 706,1% na comparação anual, para R$ 24,2 milhões. Já a receita líquida aumentou 6,7%, para R$ 178,4 milhões.

Segundo a Ouro Fino, o lucro líquido é reflexo da retomada do crescimento de receitas e lucro bruto e das reduções nas despesas gerais e administrativas.

A unidade de negócio de animais de produção apresentou receita líquida de R$ 125,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, aumento de 12,7% em relação a igual período do ano passado.

A Ouro Fino lembrou que o segmento foi dividido em duas diretorias: bovinos e equinos e aves e suínos.
“O crescimento de vendas da unidade de negócio já reflete o maior foco das operações e foi impactado positivamente pelo desempenho do segmento de aves e suínos, que tem como característica um perfil mais técnico, de grandes granjas e B2B”, disse a empresa em comunicado. “Em bovinos e equinos, crescemos em volume de vendas dos produtos de linha, no entanto registramos vendas abaixo do esperado na linha de produtos para reprodução.”

Em animais de companhia, a receita líquida aumentou 16,3%, para R$ 33,9 milhões. “Conforme vínhamos relatando nos trimestres anteriores, o mercado de animais de companhia vinha passando por um processo de desaceleração que levaria o crescimento aos níveis pré-pandemia”, disse a Ouro Fino. “No primeiro trimestre pudemos identificar com maior clareza essa estabilização e que nos permitiu registrar, pelo segundo trimestre consecutivo, crescimento de dois dígitos nas receitas da unidade de negócio.”

A receita líquida nas operações internacionais caiu 28,8% ante o primeiro trimestre de 2023, para R$ 19 milhões.

Segundo a companhia, o desempenho ficou abaixo do esperado no México e na Colômbia. Além disso, para os demais países, houve uma redução dos volumes de vacina contra febre aftosa, disse a Ouro Fino.
O resultado financeiro líquido no primeiro trimestre de 2024 ficou negativo em R$ 1,2 milhão, em comparação a um resultado negativo de R$ 4 milhões um ano antes.

O setor de distribuição é um grande e essencial player da cadeia do agronegócio. É dessa forma que os defensivos agrícolas, fertilizantes, implementos e outros insumos chegam até os produtores. Com as constantes mudanças e evoluções do mercado, é importante que os distribuidores acompanhem este processo e é, justamente isso, que a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) se propõe a fazer.

Dessa forma, Paulo Tiburcio, presidente executivo da Andav, trouxe um panorama dos desafios para o ano e as oportunidades para o progresso da agricultura brasileira.

De acordo com Tiburcio, os processos de consolidação no setor de distribuição são naturais. Isso porque outros mercados, especialmente no varejo, passaram por esse processo e com este player do agronegócio não seria diferente.

“Observamos que este setor tem gerado grandes recursos e demonstra um crescimento em médio e longo prazo muito alto. De maneira natural, isso contribui para atrair investimentos para o país”, comenta.

Esse movimento, conta Paulo, vem sendo percebido inclusive entre os associados Andav. “Há muito tempo, este associado recebe um processo de gestão muito intenso. Dessa forma, os investidores e fundos de investimento buscam estas empresas pois tem alta garantia e segurança.”

Inclusive, cerca de 40% das empresas que são associadas à Andav possuem investimentos externos e reportam suas ações para os investidores.

O executivo comenta que a tecnologia acompanha o agronegócio há muito tempo. Com isso, destaca que há cerca de 40 anos surgiu a técnica do plantio direto, considerado um grande avanço.

Após isso, outras inovações surgiram, segundo Tiburcio, como o melhoramento genético para a expansão da pecuária e outras técnicas. “Iniciamos o cultivo do algodão e o plantio direto no cerrado. Isso tudo contribuiu para o agronegócio chegar aonde está hoje”, comenta.

Mais recentemente, com os conflitos entre Rússia e Ucrânia, a produção nacional de trigo vem ganhando destaque e despertando o interesse na expansão de área para a triticultura, segundo Paulo. “Esse é um grande exemplo de tecnologia, pois temos variedades adaptadas que se tornaram autossuficientes e é uma das poucas culturas que o Brasil ainda importa.”