Economia
Baixa procura

Desemprego cai de forma significativa em duas de 27 unidades da federação

Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 7,7% no terceiro trimestre de 2023 para 7,4% no quarto trimestre de 2023.

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17 de fevereiro de 2024
Vinicius Palermo
Desemprego cai de forma significativa em duas de 27 unidades da federação
Em São Paulo, a taxa de desemprego desceu de 7,1% para 6,9% no período.

A taxa de desemprego recuou de forma estatisticamente significativa em duas das 27 unidades da Federação na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2023, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 16.

“Diversos Estados do País apresentaram tendência de queda, mas só em dois deles a retração foi considerada estatisticamente significativa. No Rio de Janeiro, houve crescimento acentuado da ocupação, principalmente nas atividades industriais e de outros serviços. No caso do Rio Grande do Norte, o recuo da taxa foi influenciado pela redução do número de pessoas procurando trabalho no período”, apontou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, em nota oficial.

Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 7,7% no terceiro trimestre de 2023 para 7,4% no quarto trimestre de 2023. No Rio de Janeiro, a taxa passou de 10,9% para 10,0%, e no Rio Grande do Norte, de 10,1% para 8,3%. Em São Paulo, a taxa de desemprego desceu de 7,1% para 6,9% no período.

Houve aumento significativo em Rondônia, de 2,3% para 3,8%, e em Mato Grosso, de 2,4% para 3,9%.
“Em Rondônia, houve uma redução no número de trabalhadores, com maiores perdas de ocupação na agricultura e no comércio. Já em Mato Grosso, embora houvesse aumento na ocupação, a expansão acentuada do número das pessoas procurando trabalho contribuiu para o crescimento da taxa de desocupação”, justificou Beringuy

No quarto trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram as de Amapá (14,2%), Bahia (12,7%) e Pernambuco (11,9%). Os menores resultados foram registrados em Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).

Segundo Beringuy, a única grande região com queda significativa na taxa de desemprego no quarto trimestre foi o Sudeste, passando de 7,5% no terceiro trimestre para 7,1% no quarto trimestre de 2023. As oscilações das demais regiões ficaram dentro da margem de erro da pesquisa, sendo consideradas, portanto, estatisticamente estáveis.

O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no quarto trimestre de 2023. A taxa de desemprego foi de 6,0% para os homens no quarto trimestre, ante um resultado de 9,2% para as mulheres. 

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 5,9%, muito aquém do resultado para os pretos (8,9%) e pardos (8,5%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 13,0%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 3,6%.

Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe para 2,717 milhões.

Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 17,6% em relação ao quarto trimestre de 2022.

“No quarto trimestre de 2023, a Pnad Contínua captou que cerca de 22,3% da população desocupada estavam buscando trabalho há 2 anos ou mais. No quarto trimestre de 2022, esse porcentual era de 25,6%”, frisou o IBGE. “Por outro lado, 19,9% da população desocupada buscavam trabalho há menos de um mês. No quarto trimestre do ano anterior, essa proporção era de 19,3%.”

Outras 911 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 8,4% menos indivíduos nessa situação ante o quarto trimestre de 2022.

No quarto trimestre de 2023, 3,760 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 0,7% mais desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,606 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, um recuo de 2,7% nessa categoria de desemprego do que no quarto trimestre de 2022.