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Brasil tem 1,849 milhão de pessoas desempregadas há dois anos

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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22 de novembro de 2023
Vinicius Palermo
Brasil tem 1,849 milhão de pessoas desempregadas há dois anos
O total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 28,2% em relação ao terceiro trimestre de 2022.

No terceiro trimestre de 2023, o País tinha 1,849 milhão de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 2,795 milhões.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 28,2% em relação ao terceiro trimestre de 2022.

Outras 946 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 14,2% menos indivíduos nessa situação ante o terceiro trimestre de 2022.

No terceiro trimestre de 2023, 3,897 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 7,4% menos desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,624 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, um aumento de 3,2% nessa categoria de desemprego do que no terceiro trimestre de 2022.

O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no terceiro trimestre de 2023.

A taxa de desemprego foi de 6,4% para os homens no terceiro trimestre, ante um resultado de 9,3% para as mulheres. Na média nacional, a taxa de desocupação foi de 7,7% no terceiro trimestre de 2023.

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 5,9%, muito aquém do resultado para os pretos (9,6%) e pardos (8,9%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 13,5%, quase quatro vezes maior que o resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 3,5%.

No terceiro trimestre de 2023, entre todas as Unidades da Federação, o Estado do Rio de Janeiro tinha a maior proporção de pessoas em situação de desemprego de longa duração. Dos 979 mil desempregados existentes no Estado no período, 37,7% procuravam trabalho há dois anos ou mais.

Em São Paulo, 18,5% dos 1,862 milhão de desempregados existentes no terceiro trimestre estavam em busca de uma vaga há pelo menos dois anos. Em Minas Gerais, 9,5% dos 675 mil desempregados do Estado estavam nessa situação de desemprego de longa duração.

O Estado de São Paulo concentra 24,2% de toda a população ocupada no Brasil, seguido por Minas Gerais (10,6%), Rio de Janeiro (8,0%), Bahia (6,1%), Rio Grande do Sul (5,9%) e Paraná (5,9%).

Considerando apenas São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os três Estados respondem juntos por 42,8% de todos os postos de trabalho existentes atualmente no Brasil.

No terceiro trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi mais elevada nos Estados do Piauí (38,4%), Bahia (32,8%) e Sergipe (31,8%).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho considera o porcentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada.

Os menores resultados ocorreram em Rondônia (5,3%), Santa Catarina (6,1%), e Mato Grosso (8,4%). Na média nacional, a taxa de subutilização foi de 17,6% no terceiro trimestre.

A taxa de informalidade foi maior no Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55,0%). As menores foram as de Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%). Na média do Brasil, a taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada no terceiro trimestre de 2023.