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Transpetro sobe para 48% número de mulheres em cargos de liderança

Com isso, o número de mulheres com cargos de liderança subiu de 65 em 2022 para 96 este ano, informou a companhia.

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25 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
Transpetro sobe para 48% número de mulheres em cargos de liderança
A empresa também elevou em 17% o número de profissionais que se autodeclaram pretos, pardos, indígenas ou amarelos em postos de comando e criou uma Gerência Setorial de Diversidade.

A Transpetro aumentou em 48% o número de mulheres em posições gerenciais, dentro de uma reforma administrativa que teve por objetivo deixar a subsidiária da Petrobras mais diversa. Com isso, o número de mulheres com cargos de liderança subiu de 65 em 2022 para 96 este ano, informou a companhia.

A empresa também elevou em 17% o número de profissionais que se autodeclaram pretos, pardos, indígenas ou amarelos em postos de comando e criou uma Gerência Setorial de Diversidade.

“Nossa força de trabalho própria possui 18% de mulheres e, agora, o porcentual feminino em posições de liderança é de 24%. Estamos incentivando a capacitação das nossas trabalhadoras, oferecendo turmas de liderança com foco específico para elas, por exemplo. O aumento de representatividade nas novas designações faz parte de um rol de iniciativas de diversidade e inclusão que estamos promovendo”, disse em nota o gerente executivo de Recursos Humanos da Transpetro, Alexandre Almeida.

Entre essas iniciativas está a criação de cartilhas educativas visando a promoção da diversidade, inclusão e no combate à violência no ambiente de trabalho, material que poderá ser distribuído para outras estatais e entidades. Segundo a Transpetro, para ressaltar a importância das mudanças será realizada uma cerimônia na próxima quinta-feira, 28, na sede da companhia, no Rio de Janeiro.

“Inclusão e diversidade são compromissos sociais da Transpetro. As indicações para a nova estrutura são um passo importante para formalizar nossa responsabilidade com essa agenda e demonstrar nossa capacidade de atender às demandas da sociedade por mais diversidade e inclusão nas empresas”, ressaltou o presidente da empresa, Sérgio Bacci.

A Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras e opera 49 terminais no País, sendo 28 aquaviários e 21 terrestres. Tem ainda cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 36 navios e atende mais de 180 clientes, além da Petrobras.

A gerente executiva de gestão de parcerias e processos de Exploração e Produção da Petrobras, Ana Zettel, defendeu a necessidade de aumento da diversidade na indústria de energia, tradicionalmente ocupada majoritariamente por homens. A executiva destacou que a diversidade e inclusão contribuem para os resultados e para a performance das companhias e que esse aspecto é ainda mais essencial no atual momento do setor.

“Para superar os desafios da transição energética, vamos ter que desenvolver novas formas de energia, tecnologias e negócios. Não podemos abdicar de metade de nossos cérebros, de metade de nossa capacidade de inovação nessa missão, o que acaba ocorrendo devido à baixa participação de mulheres na indústria. A inclusão é fundamental para a transformação do setor”,  disse Ana Zettel.

A indústria de energia, em especial a de óleo e gás, possui grande número de posições ligadas às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (conhecidas pelo acrônimo STEM, em inglês, Science, Technology, Engineering, Mathematics). De acordo com a executiva, para atrair mulheres de alto desempenho e em início de carreira, é necessário buscar envolver meninas desde cedo, com ações não apenas nas universidades, mas também nas escolas.

Nesse sentido, a executiva lembrou as iniciativas que a Petrobras vem adotando para melhorar a diversidade e destacou o papel de mulheres em posições chave, como são os casos da gerente executiva do centro de pesquisas e inovação da companhia (Cenpes), Maíza Goulart, e da gerente geral da Refinaria de Capuava (Recap), Márcia Cristina Andrade. A Petrobras também possui um programa de mentoria para liderança feminina, com objetivo de ter cada vez mais mulheres em posições de liderança.