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Brasileiro fica mais otimista com situação do País em setembro

De acordo com o levantamento, 48% dos entrevistados consideram que o Brasil está melhor, contra 41% na rodada anterior do levantamento, em junho.

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13 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
Brasileiro fica mais otimista com situação do País em setembro
Ainda de acordo com o levantamento, 43% dos entrevistados disseram que esperam que a inflação e o custo de vida aumentem

Os brasileiros estão mais otimistas com a situação do País, de acordo com pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pelo Ipespe. De acordo com o levantamento, 48% dos entrevistados consideram que o Brasil está melhor, contra 41% na rodada anterior do levantamento, em junho. A parcela dos que veem uma situação pior caiu de 24% para 19% no mesmo período.

Da mesma forma, segundo a pesquisa, a parcela dos entrevistados que esperam que o Brasil melhore até o final do ano passou de 53% para 59%; aqueles que acreditam que vai piorar caíram de 24% para 20%. Ao mesmo tempo, 72% esperam que a vida pessoal e familiar melhore até o final de 2023, contra 70% em junho.

A melhoria das percepções também se deu em relação a indicadores como custo de vida, taxa de juros e desemprego. Na nova rodada da pesquisa, 45% dos entrevistados esperavam que juros aumentem, contra 48% em junho. Outros 25% esperam que diminuam, contra 22% na pesquisa anterior.

Ainda de acordo com o levantamento, 43% dos entrevistados disseram que esperam que a inflação e o custo de vida aumentem, contra 45% na pesquisa anterior; 30% esperam que os preços caiam, contra 29% no levantamento realizado em junho.

Em relação ao desemprego, 40% esperam que diminua nos próximos seis meses, contra 39% em junho. Outros 34% esperam que aumente, o mesmo porcentual computado pela pesquisa anterior.

“Os resultados dessa edição do Radar Febraban refletem em grande medida o ambiente econômico favorável apontado nas últimas avaliações e projeções divulgadas, que indicam desaceleração da inflação, redução da taxa de juros, queda do desemprego, aumento do consumo e adesão às medidas para redução do endividamento”, afirma em nota o presidente do conselho científico do Ipespe, Antonio Lavareda.

A pesquisa mediu ainda a aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O índice de entrevistados que aprovam a gestão saiu de 51% em junho para 55% em setembro, diante do contexto de melhora na economia. Os que desaprovam passaram de 40% para 38%.

A aprovação do governo chega a 65% no Nordeste, de acordo com o levantamento, e tem o pior desempenho na região Norte, com 43% dos entrevistados. A aprovação é maior entre as mulheres (59%) e entre os entrevistados com idades entre 25 e 44 anos (59%).

A pesquisa mostrou também que sete em cada dez brasileiros endividados aderiram ou pretendem aderir ao Desenrola, o programa de renegociação de dívidas criado pelo governo federal e do qual os bancos participam.

De acordo com o levantamento, 73% dos entrevistados já aderiram ou pretendem aderir ao Desenrola, enquanto 24% não aderiram e nem pretendem. Na pesquisa de junho, em que o programa ainda não havia sido lançado mas já havia sido divulgado, os porcentuais eram de 65% e de 28%, respectivamente.

A adesão é mais forte na região Norte do País, em que 82% dos entrevistados disseram que entraram ou pretendem entrar no programa, e entre entrevistados com renda familiar mensal de até dois salários mínimos (77%).

A primeira fase do Desenrola, em vigor desde julho, abrange dívidas bancárias de clientes com renda familiar entre dois salários mínimos e R$ 20.000, ou seja, acima da faixa de renda que mais demonstrou entusiasmo com o programa na pesquisa. Entretanto, alguns bancos têm estendido as condições de renegociação a um público mais amplo.

Não há restrições a essa ampliação, mas o benefício que os bancos obterão com o programa, sob a forma de créditos fiscais, vale apenas para o público incluído no programa. A faixa de menor renda entrará “oficialmente” no Desenrola neste mês, e as renegociações contarão com garantia financeira do Tesouro.

O Desenrola também passou a ser mais conhecido pela população que em junho, com 70% dos entrevistados afirmando saber sobre o programa, contra 45% em junho.

A pesquisa da Febraban e do Ipespe também mediu o endividamento da população neste ano. Na atual rodada, 25% dos entrevistados afirmaram que estão mais endividados neste ano que no anterior, contra 20% na pesquisa de junho. Em fevereiro, apenas 15% alegavam estar mais endividados agora. 38% afirmam estar menos endividados que em 2022, contra 40% em junho, e 53% em fevereiro.

A pesquisa da Febraban e do Ipespe foi feita entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro, e ouviu 2.000 entrevistados que representam a população brasileira adulta. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95,5%.