Economia
Volume recua

AB InBev teve lucro de US$ 339 milhões no segundo trimestre

O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam lucro de US$ 613,35 milhões.

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03 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
AB InBev teve lucro de US$ 339 milhões no segundo trimestre
A receita da AB InBev, controladora da AmBev no Brasil, avançou para US$ 15,12 bilhões no trimestre encerrado em junho

A Anheuser-Busch InBev (AB InBev), maior cervejaria do mundo, divulgou na quinta-feira (3) que obteve lucro líquido de US$ 339 milhões no segundo trimestre de 2023, bem menor do que o ganho de US$ 1,6 bilhão apurado em igual período do ano passado. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam lucro de US$ 613,35 milhões.

A receita da AB InBev, controladora da AmBev no Brasil, avançou para US$ 15,12 bilhões no trimestre encerrado em junho, de US$ 14,79 bilhões um ano antes, mas também ficou aquém do consenso da FactSet, de US$ 15,38 bilhões.

Já a receita orgânica avançou 7,3%, superando consenso fornecido pela própria empresa, de alta de 6,4%, enquanto o volume caiu 1,4%, em linha com as expectativas. Apenas na América do Norte, porém, o volume sofreu expressiva queda de 14,5%.

O Ebitda normalizado – uma das principais métricas da cervejaria – recuou para US$ 4,91 bilhões no trimestre, ante US$ 5,1 bilhões no mesmo intervalo de 2022.

Os volumes caíram 1,4%, já que o crescimento na maioria dos nossos mercados foi compensado pelo desempenho nos EUA.

A empresa investiu em três pilares estratégicos principais para oferecer crescimento consistente e criação de valor de longo prazo

O BEES capturou aproximadamente US$ 9,2 bilhões em receita bruta, um aumento de 30%. Ele está ativo em 15 mercados e gerou um GMV anualizado de aproximadamente US$ 1,3 bilhão com 63% dos clientes.

O gerenciamento de despesas permitiu a empresa investir aproximadamente 2,1 bilhões de dólares em capex e 3,5 bilhões de dólares em vendas e marketing para impulsionar o crescimento orgânico do negócio.

O portfólio de cerveja acima do núcleo aumentou a receita em mais de 10%, liderado o crescimento de dois dígitos da Modelo no México e da Spaten no Brasil. As marcas globais aumentaram a receita em 18,4% fora de seus mercados domésticos, liderada pela Corona, que foi recentemente reconhecida pela Kantar BrandZ como a marca de cerveja global de crescimento mais rápido, número um em valor, que cresceu 23,7%.

A Budweiser apresentou uma receita de 16,9% maior, com crescimento generalizado em 25 mercados e a Stella Artois cresceu 14,5%.

Já a Beyond Beer contribuiu com mais de 385 milhões de dólares de receita no trimestre e cresceu um dígito, já que a expansão global foi parcialmente compensada por uma indústria de soda cáustica baseada em malte suave. O crescimento global foi impulsionado principalmente pela expansão da Brutal Fruit na África e do portfólio Vicky no México.

O ecossistema omnichannel direto ao consumidor (DTC) de canais digitais e produtos físicos geraram receita de mais de 385 milhões de dólares. Os produtos digitais DTC, Zé Delivery, TaDa e PerfectDraft estão disponíveis em 20 mercados, geraram 16,5 milhões de pedidos de comércio eletrônico e entregaram mais de 115 milhões de dólares em receita neste trimestre, representando um crescimento de 18% em relação ao segundo trimestre de 2022.

A dívida líquida sobre EBITDA atingiu 3,70x contra 3,86x em 30 de junho de 2022, um aumento contra 3,51x em 31 de dezembro de 2022 devido a sazonalidade da geração de caixa. O LPA subjacente foi de 0,72 USD, uma queda de 0,01 USD por ação em relação ao segundo trimestre de 2022, tendo um benefício líquido de 0,04 USD por ação de créditos fiscais no Brasil ano a ano.