Economia
Alimentação pressiona

Inflação registrou aumento de 0,61% em abril

O resultado da inflação acumulado em 12 meses foi de 4,18% até abril, ante taxa de 4,65% até março, dentro das projeções dos analistas

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12 de maio de 2023
Vinicius Palermo
Inflação registrou aumento de 0,61% em abril
Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,71% em abril, após alta de 0,05% em março.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril com alta de 0,61%, ante um avanço de 0,71% em março, informou na sexta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,72%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,18% até abril, ante taxa de 4,65% até março, dentro das projeções dos analistas, que iam de 3,99% a 4,60%, mas novamente acima da mediana de 4,12%.

Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,71% em abril, após alta de 0,05% em março. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,15 ponto porcentual para o IPCA.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 0,73% em abril, após ter recuado 0,14% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,66%, ante alta de 0,6% em março.

A alta de 0,61% registrada pelo IPCA em abril voltou a desacelerar a taxa acumulada em 12 meses. No mês de abril de 2022, o IPCA tinha sido de 1,06%. A taxa em 12 meses passou de 4,65%, em março, para 4,18% em abril. O resultado foi o mais baixo desde outubro de 2020, quando estava em 3,92%.

A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, que tem teto de tolerância até 4,75%. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,72% até abril. O resultado acumulado em 12 meses até abril também ficou dentro das projeções dos analistas, que iam de 3,99% a 4,60%, mas novamente acima da mediana, de 4,12%.

Os preços de Transportes subiram 0,56% em abril, após alta de 2,11% em março. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,12 ponto porcentual para o IPCA, que subiu 0,61% no mês ante 0,71% em março.

Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,44% em abril, após avanço de 7,01% no mês anterior. A gasolina caiu 0,52%, após ter registrado alta de 8,33% em março, enquanto o etanol avançou 0,92% nesta leitura, após alta de 3,2% na última.

Os gastos das famílias com Saúde e Cuidados Pessoais passaram de uma elevação de 0,82% em março para uma alta de 1,49% em abril, o equivalente a uma contribuição de 0,19 ponto porcentual para a taxa de 0,61% do IPCA no último mês. O resultado foi puxado pela alta de 3,55% nos produtos farmacêuticos, com uma contribuição de 0,12 ponto porcentual para a inflação do mês.

A alta ocorreu após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. O item plano de saúde subiu 1,20%, incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Os itens de higiene pessoal desaceleraram de um aumento de 0,76% em março para 0,56% em abril, após uma queda de 1,09% nos preços dos perfumes no último mês.

As famílias brasileiras gastaram 0,48% a mais com Habitação em abril, uma contribuição de 0,07 ponto porcentual para a taxa de 0,61% registrada pelo IPCA no mês. Em março, o grupo havia avançado 0,57% e gerado contribuição de 0,09 ponto porcentual para a taxa geral de 0,71% no índice.

A alta no grupo Habitação em abril foi puxada pelo aumento de 0,48% na energia elétrica residencial, que resultou numa contribuição de 0,02 ponto porcentual para o IPCA no mês.

Houve reajustes em quatro áreas de abrangência do índice: Campo Grande, reajuste de 9,80%, a partir de 8 de abril; Rio de Janeiro, 7,49% e 6,00% nas duas concessionárias pesquisadas, a partir de 15 de março; Salvador, 8,28%, a partir de 22 de abril; e Fortaleza, 4,85%, a partir de 22 de abril.

A taxa de água e esgoto teve uma alta de 0,33%, decorrente de reajustes em Goiânia e no Recife. O gás encanado subiu 0,22%, devido a uma apropriação residual do reajuste tarifário e da mudança na forma de cobrança em Curitiba, a partir de 1º de fevereiro, e que não havia sido incorporada no IPCA de março.