Edição do Dia
A Volkswagen divulgou na quinta-feira (4) que acumulou receita de 76,20 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2023, 22% maior do que em igual período do ano passado. Já o lucro operacional antes de itens especiais da montadora alemã caiu a 5,75 bilhões de euros no trimestre, de 8,3 bilhões de euros um ano antes, com retorno sobre as vendas de 7,5%.
Por outro lado, a empresa garantiu um aumento de 35% no lucro operacional antes de efeitos cambiais, graças a estratégias de hedge, a 7,1 bilhões de euros. A Volkswagen reafirmou sua projeção para 2023 de alta na receita de 10% a 15% e retorno operacional sobre as vendas de 7,5% a 8,5%.
A receita de vendas cresceu 22% para EUR 76 bilhões impulsionada principalmente por uma recuperação nos volumes de vendas na Europa e América do Norte. Além disso, a melhoria dos preços teve um efeito positivo.
O lucro operacional antes dos efeitos de avaliação do hedge de commodities aumentou 35%, para EUR 7,1 bilhões. A margem correspondente aumentou para 9,3 por cento e, portanto, ficou acima da meta prevista para o Grupo Volkswagen de 7,5 a 8,5 por cento.
O lucro operacional diminuiu ano a ano de EUR 8,3 bilhões para EUR 5,7 bilhões devido a efeitos não monetários negativos, principalmente de hedge de commodities fora da contabilidade de hedge de EUR 1,3 bilhão no primeiro trimestre de 2023. No trimestre do ano anterior, o lucro operacional se beneficiou de efeitos não monetários positivos da cobertura de commodities de EUR 3,2 bilhões. O retorno operacional sobre as vendas foi de 7,5% no primeiro trimestre.
A Divisão Automotiva gerou caixa líquido de EUR 2,2 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O capital de giro sofreu interrupções contínuas nas cadeias de suprimentos e aumentou em EUR 1,9 bilhão ano a ano. O fluxo de caixa líquido também continha EUR 0,4 bilhão de saídas de transações de fusões e aquisições no trimestre.
A liquidez líquida no negócio automotivo diminuiu para EUR 38,4 bilhões, conforme esperado no primeiro trimestre, devido ao pagamento do dividendo especial relacionado ao IPO da Porsche AG. No entanto, essa queda foi menor do que o dividendo especial distribuído aos acionistas.
O Grupo continuou implementando sistematicamente sua estratégia de BEV, com um aumento de 42% nas entregas ano a ano no primeiro trimestre. As entregas totalizaram 141.000 veículos BEV, representando uma quota de cerca de 7 por cento das entregas totais.
As entregas gerais continuaram a se recuperar e aumentaram 7,5% ano a ano. Em março de 2023, as entregas globais aumentaram significativamente em 23,9% ano a ano. As entregas na China caíram 14,5% no primeiro trimestre, mas o Grupo está confiante de que, devido à expansão da gama de modelos e à tecnologia específica da China, as entregas nessa região se recuperarão durante o restante do ano. Com uma alta carteira de pedidos de 1,8 milhão de veículos na Europa Ocidental, incluindo 260.000 BEVs, a demanda dos clientes por veículos do Grupo Volkswagen permaneceu forte.
Com base nos números sólidos, o Grupo Volkswagen confirma sua perspectiva para o ano fiscal de 2023 emitida em 3 de março de 2023.
Arno Antlitz, CFO do Grupo Volkswagen, disse que a empresa teve um início encorajador para 2023 com forte crescimento nas receitas e lucro operacional antes dos efeitos de avaliação negativa das transações de hedge de commodities. Com base nesse desempenho sólido e em uma carteira de pedidos de 1,8 milhão de veículos no final do primeiro trimestre, a Volks confirmou a perspectiva financeira para 2023.
Liderado pela abordagem “Na China, para a China”, o Grupo apresentou o novo projeto ‘100% TechCo’, que combina P&D e aquisição de veículos e componentes. Espera-se que isso reduza os tempos de desenvolvimento de novos produtos e tecnologias em cerca de 30%.
O Grupo planeja investir 1 bilhão de euros para estabelecer um novo centro de inovação para carros elétricos totalmente conectados, com sede em Hefei. A Volkswagen continua a trabalhar com parceiros locais, como a joint venture entre a CARIAD e a Horizon Robotics, para acelerar o desenvolvimento da direção automatizada na China e permitir o desenvolvimento mais rápido de software de conceitos de tecnologia específicos da China. O Grupo também revelou o ID.7 na China, mais um marco no caminho para uma gama de modelos puramente elétricos.
Na América do Norte, o Grupo está aumentando seu negócio global de baterias com a primeira fábrica internacional de células de bateria do Grupo, no Canadá. Novos modelos BEV como o ID. O Buzz ampliará ainda mais nosso portfólio de veículos totalmente elétricos nos EUA. O Grupo também está conduzindo o “Electrify America Boost Plan”, dobrando o número de pontos de carregamento até 2026 para 8.000.
Ao eletrificar a icônica marca “Scout”, o Grupo está entrando no altamente atraente segmento de caminhões e SUVs robustos. Portanto, os planos para expandir as capacidades de carregamento dos EUA são complementados por aqueles para construir uma fábrica capaz de produzir 200.000 EVs por ano na Carolina do Sul.
“A Volkswagen está comprometida em investir em suas principais regiões globais de crescimento. No primeiro trimestre, anunciamos planos para uma nova fábrica nos Estados Unidos para a icônica marca Scout no altamente atraente segmento de SUVs robustos e picapes. Também anunciamos a primeira fábrica internacional de células de bateria do Grupo no Canadá e lançamos o novo ID.7 no Auto Shanghai.”
Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen Passenger Cars disse que, com o ID.7 a empresa está dando o próximo passo na ofensiva elétrica. A limusine oferece um alto nível de conforto e longas distâncias. Já em 2026, A Volks oferecererá a mais ampla gama elétrica de todos os fabricantes na Europa – desde o modelo básico por menos de 25.000 euros até o ID.7 como o novo modelo de topo dentro do ID. família. “Nosso objetivo é atingir uma participação de 80% de carros elétricos na Europa até 2030. A partir de 2033, a Volkswagen produzirá apenas veículos elétricos na Europa”.
