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Yellen diz que não honrar dívidas seria uma catástrofe econômica para os EUA

Nos últimos dias, Yellen tem defendido que o Congresso americano eleve ou suspenda o teto da dívida para evitar uma crise.

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12 de maio de 2023
Vinicius Palermo
Yellen diz que não honrar dívidas seria uma catástrofe econômica para os EUA
Segundo Yellen, um calote "ameaçaria os ganhos que trabalhamos tanto para obter nos últimos anos em nossa recuperação pandêmica, e isso desencadearia uma recessão global que nos atrasaria muito mais".

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou na quinta-feira, 11, que se o país deixar de cumprir suas obrigações financeiras, o que ela avalia ser possível acontecer já no dia 1º, haverá uma “catástrofe econômica e financeira”. Nos últimos dias, Yellen tem defendido que o Congresso americano eleve ou suspenda o teto da dívida para evitar uma crise.

“Milhões de americanos podem perder seus empregos, a renda familiar seria reduzida, as empresas americanas veriam os mercados de crédito se deteriorarem e milhões de famílias americanas que recebem pagamentos do governo provavelmente ficariam sem os recursos que lhes foram prometidos”, disse a secretária em entrevista coletiva em Niigata, no Japão, onde acontece o encontro do G-7 Financeiro.

Segundo Yellen, um calote “ameaçaria os ganhos que trabalhamos tanto para obter nos últimos anos em nossa recuperação pandêmica, e isso desencadearia uma recessão global que nos atrasaria muito mais”. A secretaria disse ainda que a liderança econômica global dos Estados Unidos seria minada, “levantando questões sobre nossa capacidade de defender nossos interesses de segurança nacional”.

“Não há nenhuma boa razão para gerar uma crise de nossa própria autoria. O Congresso dos Estados Unidos elevou ou suspendeu o limite da dívida cerca de 80 vezes desde 1960. Peço-lhe que aja rapidamente para fazê-lo mais uma vez”, afirmou.

Após abordar o “tópico em alta” da semana, como ela mesma se referiu, Yellen disse que suas três prioridades no encontro do G-7 Financeiro serão tratar da macroeconomia global – com ações para reduzir a inflação, sustentar o crescimento e mitigar o impacto de choques externos -, redobrar o compromisso com o apoio à Ucrânia no conflito com a Rússia e destacar o trabalho de longo prazo para fortalecimento da segurança econômica.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 22 mil na semana encerrada no dia 6 de maio, a 264 mil, segundo pesquisa divulgada na quinta-feira, 11, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado veio acima da previsão de analistas consultados pela Factset, de 246 mil solicitações.
Sem revisão, o total de pedidos da semana anterior for confirmado em 242 mil.

Já o número de pedidos continuados teve alta de 12 mil na semana encerrada em 29 de abril, a 1,813 milhão, mas ficou abaixo da previsão da FactSet, de 1,825 milhão. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.