Economia
Desaceleração

Volume de serviços registrou queda de 1,6% em abril

De acordo com o IBGE, quatro das cinco atividades de serviços registraram perdas na passagem de março para abril.

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15 de junho de 2023
Vinicius Palermo
Volume de serviços registrou queda de 1,6% em abril
Houve avanço de 4,00% em serviços profissionais, administrativos e complementares e alta de 2,00% em transportes.

A queda de 1,6% no volume de serviços prestados no País em abril ante março eliminou parte do ganho de 2,1% acumulado em fevereiro e março. Os serviços vinham de elevação de 0,8% em fevereiro, seguida de alta de 1,4% em março.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado de abril, o setor opera 10,5% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. Além disso, o segmento opera 2,9% aquém do patamar recorde alcançado em dezembro de 2022.

Quatro das cinco atividades de serviços registraram perdas na passagem de março para abril. Os serviços prestados às famílias avançaram 1,20%, enquanto os serviços de informação e comunicação caíram 1,00%.

Houve recuo de 0,60% em serviços profissionais, administrativos e complementares e queda de 4,40% em transportes. Outros serviços, por sua vez, registraram recuo de 1,10% em abril.

De acordo com o IBGE, também quatro das cinco atividades de serviços registraram avanço em abril ante abril de 2022. Os serviços prestados às famílias avançaram 2,90%, enquanto os serviços de informação e comunicação subiram 4,00%.

Houve avanço de 4,00% em serviços profissionais, administrativos e complementares e alta de 2,00% em transportes. Outros serviços, por sua vez, registraram recuo de 0,90% em abril, na comparação com abril de 2022.

O setor de serviços operava em abril em patamar 2,9% abaixo do pico registrado em dezembro de 2022, que foi o mais elevado da série histórica do IBGE.

Os Transportes funcionavam em patamar 4,4% abaixo do recorde registrado em março de 2023, enquanto os serviços de informação e comunicação operavam em nível 1,1% aquém do pico visto em outubro de 2022.

Os Serviços prestados às famílias estavam 13,9% abaixo do pico de maio de 2014. Os Serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 13,3% abaixo do ápice de março de 2012, e o segmento de Outros serviços estava 13,5% aquém do auge de janeiro de 2012.

Após a queda de 1,6% no volume de serviços prestados no País em abril ante março, o setor de serviços passou a funcionar em patamar 10,5% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária no País.

Em abril, os transportes passaram a operar 20,9% acima do nível pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 5,5% abaixo.

Os serviços de informação e comunicação estão 16,8% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 0,4% aquém. Os serviços profissionais e administrativos estão 9,4% acima do patamar de fevereiro de 2020.

O volume de serviços prestados no País avançou 2,7% em abril de 2023 ante abril de 2022, a 26ª taxa positiva seguida, mas a alta foi a mais branda de toda essa sequência de avanços, apontou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE.

O índice de difusão – que mostra o porcentual de serviços com crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior – passou de 59,0% em março para 57,2% em abril.

O agregado especial de Atividades turísticas caiu 0,1% em abril ante março. O segmento opera 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, mas ainda 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Na comparação com abril de 2022, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 1,4% em abril de 2023, 25ª taxa positiva seguida.

Houve influência do aumento na receita de empresas de locação de automóveis, atividades teatrais, musicais e de espetáculos em geral, agências de viagens, serviços de bufê e transporte rodoviário coletivo de passageiros.

De acordo com o IBGE, houve altas em cinco das 12 Unidades da Federação onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (3,6%), Minas Gerais (10,1%), Paraná (3,6%) e Rio Grande do Sul (1,1%).

Na direção oposta, o Distrito Federal (-10,0%) exerceu o impacto negativo mais relevante, seguido por Pernambuco (-7,4%), Goiás (-4,4%) e Rio de Janeiro (-0,5%).