Economia
Resiliência

Volume de serviços prestados cresceu 0,5% em abril

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, esse grupo avançou 9,9%, após cinco quedas seguidas.

Compartilhe:
13 de junho de 2024
Vinicius Palermo
Volume de serviços prestados cresceu 0,5% em abril
Na série sem ajuste, os serviços cresceram 1,1% em abril frente ao mesmo mês de 2023.

O volume de serviços prestados cresceu 0,5% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou o IBGE na quarta-feira, 12. Na série sem ajuste, os serviços cresceram 1,1% em abril frente ao mesmo mês de 2023.

O volume de transporte de passageiros no Brasil cresceu 10,2% em abril, na comparação com março. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, esse grupo avançou 9,9%, após cinco quedas seguidas.

Com os resultados, o transporte de passageiros está 3,2% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Frente ao pico da série histórica, de fevereiro de 2014, o nível do setor é 20,5% menor.

O transporte de cargas avançou 0,2% na margem e 3,4% frente a abril de 2024. Agora, segundo o IBGE, está 6,3% abaixo do ponto mais alto da série (julho de 2023) e 34,1% acima do pré-pandemia.

O volume de serviços prestados cresceu em abril, na margem, em 20 das 27 unidades da federação. Segundo o IBGE, os maiores impactos positivos partiram de São Paulo (0,6%), Minas Gerais (3,2%), Bahia (5,7%) e Distrito Federal (5,4%).

Na outra ponta, Rio de Janeiro (-0,7%), Tocantins (-22,5%) e Paraná (-1,0%) pesaram negativamente para o resultado nacional.

Na comparação interanual, os serviços cresceram em 23 das 27 unidades da federação, puxados por São Paulo (5,7%), Minas Gerais (9,0%), Rio de Janeiro (4,8%), Paraná (7,1%) e Santa Catarina (,94%).

Em contrapartida, Rio Grande do Sul (-2,6%), Mato Grosso do Sul (-5,4%) e Tocantins (-8,1%) puxaram as perdas do mês. Três das cinco atividades de serviços registraram ganhos na passagem de março para abril. Os serviços prestados às famílias recuaram 1,80%, enquanto os serviços de informação e comunicação subiram 0,40%.

Houve recuo de 1,10% em serviços profissionais, administrativos e complementares e alta de 1,70% em transportes. Outros serviços, por sua vez, registraram avanço de 5,00% em abril.

De acordo com o IBGE, todas as cinco atividades de serviços registraram avanço em abril ante abril de 2023. Os serviços prestados às famílias avançaram 3,10%, enquanto os serviços de informação e comunicação subiram 7,70%.

Houve avanço de 6,00% em serviços profissionais, administrativos e complementares e alta de 3,40% em transportes. Outros serviços, por sua vez, registraram avanço de 10,20% em abril, na comparação com abril de 2023.

O gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, Rodrigo Lobo, disse que o setor de serviços tem demonstrado um comportamento de “resiliência e persistência”. O índice de serviços com ajuste sazonal de abril foi o terceiro maior da série histórica, assim como havia sido em janeiro deste ano.

“A manutenção do setor de serviços em patamar elevado é comportamento de resiliência, persistência, sustentado por alguns setores que têm mostrado maior dinamismo”, disse Lobo, em uma entrevista coletiva para comentar os resultados de serviços divulgados na quarta.

Entre os setores, o técnico destacou os serviços de tecnologia da informação, que mantêm uma trajetória ascendente e têm evidência de aumento da produtividade após a pandemia.

“Também destaco ali os serviços de intermediação por meio de aplicativo, serviço de engenharia e atividades jurídicas, que, neste ano de 2024, têm esse viés de crescimento impulsionado pelo pagamento de precatórios”, disse Lobo.

O gerente afirmou que foi possível observar nos dados de abril uma “ligeira redução” no porcentual de coleta de dados no Rio Grande do Sul. Lá, o IBGE coletou 84,6% dos questionários que aplica, o menor porcentual desde 2020.

“Para o Brasil, isso não chega a ter um impacto histórico”, disse. “Em abril, temos no Brasil 93,4% de coleta, mas houve coletas menores, por exemplo, em novembro de 2021.”

Segundo o técnico, o IBGE ainda não captou impactos econômicos das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Eles devem aparecer a partir de maio.