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A Volkswagen divulgou na terça-feira, 14, que teve lucro após impostos de 15,8 bilhões de euros em 2022, apenas 3% maior do que o ganho de 15,4 bilhões de euros do ano anterior.
Já a receita da montadora alemã cresceu 11,6% no ano passado, a 279,2 bilhões de euros, segundo balanço financeiro.
A Volkswagen também revelou planos de investir 180 bilhões de euros entre 2023 e 2027 para expandir sua presença na América do Norte e na China. Mais de dois terços do valor previsto, ou 68%, irão para digitalização e eletrificação, detalhou a empresa.
O Grupo Volkswagen apresentou resultados sólidos para o ano inteiro em 2022, apesar dos ventos econômicos globais contrários. Os resultados demonstram que o Grupo possui uma sólida base financeira para construir em 2023, com margens fortes e uma liquidez líquida muito sólida na divisão automotiva.
A estratégia de BEV do Grupo continuou avançando em 2022 e demonstrou a popularidade da linha de modelos mais recente, com desempenhos robustos em todas as regiões. O Grupo continua a ser o líder de mercado do segmento BEV na Europa e continua a crescer na China. Novos modelos significativos que chegarão em 2023 adicionarão mais vento a favor e melhorarão a posição do Grupo no mercado.
Oliver Blume, CEO da Volkswagen, disse que 2022 foi um ano importante para o Grupo, que avançou na execução da estratégia, apesar dos ventos contrários extremos. “Os BEVs representaram uma participação recorde de 7% no total de entregas – um marco significativo que iremos desenvolver este ano, à medida que nossa linha de modelos populares continua a crescer.”
Em linha com Plano de Dez Pontos, a empresa deu passos importantes para executar a estratégia de produtos para as marcas, a simplificação das plataformas e um roteiro de software revisado.
“Continuamos a fortalecer nossa presença global concentrando a produção e o desenvolvimento de nossos excelentes produtos e tecnologias ainda mais localmente nos mercados. O FY23 será um ano decisivo para a execução de metas estratégicas e aceleração do progresso em todo o grupo.”
Embora os números gerais de entrega tenham caído 7%, para 8,3 milhões de veículos em 2022, o Grupo Volkswagen permanece bem posicionado para o crescimento futuro. As margens operacionais antes de itens especiais cresceram para 8,1% em 2022, refletindo a contínua disciplina de preços e o progresso de custos e foram impulsionadas por um mix de modelos mais forte.
O fluxo de caixa líquido da divisão automotiva diminuiu para EUR 4,8 bilhões. Isso foi causado por um aumento no capital de giro devido a questões de cadeia de suprimentos e logística, principalmente no final do ano. Ao longo de 2023, esse efeito deve ser amplamente revertido e fortalecer a liquidez líquida da divisão automotiva. Com uma carteira de pedidos alta de 1,8 milhão de veículos e um portfólio de produtos exclusivo, o Grupo mantém uma posição forte e espera que os gargalos na cadeia de suprimentos diminuam gradualmente em 2023.
A liquidez líquida na Divisão Automotiva aumentou para 43 bilhões de euros no final de 2022, apoiada pelo IPO da Porsche AG. No total, o Grupo planeja investir 180 bilhões de euros entre 2023 e 2027 nos pools de lucro mais atraentes, incluindo em particular a estratégia de baterias, aumentando sua presença na região da América do Norte, elevando a competitividade em digitalização e produtos na China, bem como manter o desenvolvimento do portfólio de produtos líderes. Mais de dois terços (68 por cento) do investimento irão fluir para os campos futuros de digitalização e eletrificação.
No último plano quinquenal, o número era de 56 por cento. Já em 2025, espera-se que cada quinto veículo vendido em todo o mundo seja um com tração totalmente elétrica. Uma das principais razões para o aumento do investimento são os cerca de 15 bilhões de euros reservados para a construção de fábricas de células pela PowerCo, startup de baterias, e os gastos iniciais para garantir matérias-primas como parte da implementação da estratégia de baterias.
Até 2030, espera-se que a PowerCo gere vendas anuais de mais de 20 bilhões de euros. Além disso, haverá investimentos em curso na última geração de motores de combustão. Espera-se que o pico de investimento seja alcançado em 2025, após o que diminuirá continuamente.
