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Guerra de preços

Vendas de carros na China têm forte queda em fevereiro

A CPCA atribuiu o fraco desempenho à fraqueza na procura por carros antes do feriado do ano novo chinês.

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09 de março de 2024
Vinicius Palermo
Vendas de carros na China têm forte queda em fevereiro
Apenas as vendas de carros elétricos e híbridos somaram 388 mil unidades em fevereiro, com baixa de 12% na comparação anual.

As vendas de carros na China sofreram forte queda em fevereiro, afetadas pela demanda menor em função do feriado do ano novo lunar e a concorrência mais feroz no maior mercado automotivo do mundo.

No mês passado, as vendas de carros de passeio no varejo totalizaram 1,095 milhão de unidades, representando queda de 21% ante um ano antes e recuo ainda mais forte em relação a janeiro, de 46%, segundo dados da CPCA, como é conhecida a associação chinesa do setor pela sigla em inglês.

A CPCA atribuiu o fraco desempenho à fraqueza na procura por carros antes do feriado do ano novo chinês. Consumidores também estão retraídos após a última rodada de descontos oferecidos pelas montadoras, disse a associação.

Apenas as vendas de carros elétricos e híbridos somaram 388 mil unidades em fevereiro, com baixa de 12% na comparação anual. A americana Tesla entregou 60.365 carros feitos na fábrica em Xangai no último mês, seu pior resultado mensal desde o fim de 2022.

Já as exportações de carros elétricos e híbridos tiveram leve alta de 0,1% em fevereiro ante igual mês de 2023, mas caíram 20% em relação a janeiro. Somente a Tesla exportou 30.224 carros de fabricação chinesa, 4,25% menos do que em janeiro.

As exportações gerais de carros de passeio subiram 18% na comparação anual de fevereiro, a 298 mil unidades.

A CPCA disse esperar forte alta nas vendas e produção de carros em março ante o mês passado, visto que muitas montadoras provavelmente lançarão novos produtos depois do feriado do ano novo lunar.

Medidas oficiais com o objetivo de impulsionar o consumo e reduzir os custos de matérias primas para baterias de carros elétricos também devem contribuir para um bom desempenho em março, acrescentou a associação.

Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Mao Ning afirmou que a China se opõe ao “abuso de poder de Estado” dos Estados Unidos para perseguir empresas e cidadão do país asiático. A declaração foi feita na sexta-feira, 8, em a resposta à pergunta de um jornalista sobre relatos de prisões efetuadas pelos EUA de pessoas supostamente com relações com a China.

O primeiro caso é o de um analista da inteligência militar dos EUA, preso na quinta-feira, 7, por suspeita de fornecer informações da defesa nacional norte-americana para a China. O outro se refere à prisão na quarta-feira, 7, de um engenheiro de softwares chinês que morava nos EUA, por suspeita de roubar tecnologia de inteligência artificial do Google.

Mao disse que não tem informação sobre os casos mencionados. Sobre o caso do Google, ela acrescentou que, “como princípio, a China dá grande importância e fez esforços ativos para proteger direitos de propriedade intelectual”. “Nós protegemos os direitos e interesses de todos os donos de propriedade intelectual, domésticos ou estrangeiros, de forma justa”, declarou ela, em coletiva de imprensa.