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Vale propõe plano de ação para mitigar anomalia identificada em Forquilha III

Segundo a mineradora, trata-se de acúmulo de material sedimentado na saída de 1 dentre os 131 dispositivos de drenagem instalados.

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11 de abril de 2024
Vinicius Palermo
Vale propõe plano de ação para mitigar anomalia identificada em Forquilha III
barragem Forquilha III, em Ouro Preto, Minas Gerais.

A Vale informou na quarta-feira, 10, que propôs um plano de ação para mitigação da anomalia identificada na barragem Forquilha III, em Ouro Preto, Minas Gerais. Segundo a mineradora, trata-se de acúmulo de material sedimentado na saída de 1 dentre os 131 dispositivos de drenagem instalados.
Todos os instrumentos de monitoramento da barragem Forquilha III indicam que as condições gerais da estrutura seguem inalteradas, garantiu a Vale, que se comprometeu a implementar ações necessárias nos próximos dias, mantendo as autoridades informadas.

O acúmulo de material sedimentado na saída do dispositivo de drenagem da barragem de Forquilha III, foi detectado no dia 15 de março deste ano.

A proposta da Vale foi colocada sobre a mesa em reunião realizada esta semana com representantes da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais, das defesas civis, estadual e municipais, além da Agência Nacional de Mineração e da empresa de auditoria que assessora o Ministério Público, incluindo representantes do corpo técnico da Vale.

A barragem Forquilha III é parte do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante da Vale e teve protocolo de emergência em nível 3 ativado em 2019. Desde 2021, a Vale mantém uma Estrutura de Contenção a Jusante da barragem, capaz de conter seus rejeitos.

Segundo a Vale, a Zona de Autossalvamento da estrutura permanece evacuada, sem a presença de comunidades. A companhia continuará empreendendo todos os esforços visando a redução do nível de emergência da estrutura, até que sua descaracterização seja finalizada. “A Vale prioriza a segurança de seus empregados e comunidades com atuação transparente”, destaca a mineradora.

A barragem Peneirinha, localizada na mina Horizontes, no Complexo Vargem Grande, em Nova Lima (MG), teve seu nível de emergência retirado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A estrutura obteve a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva, atestando a sua segurança.

Essa é a 12ª barragem da empresa a deixar o nível de emergência nos últimos dois anos. Das 19 que ainda mantêm algum nível de emergência, todas as que recebiam rejeitos estão inativas. Além disso, todas as barragens construídas pelo método a montante estão em processo de descaracterização. Essas barragens são monitoradas permanentemente e recebem ações contínuas para aprimorar a segurança.

A barragem Peneirinha contém em torno de 1 milhão m³ de rejeitos e foi construída pelo método de alteamento por linha de centro. Ela está inativa desde 1986 e não recebe mais rejeitos. A estrutura passou por investigações geotécnicas e ensaios de laboratório, que confirmaram as condições de segurança e estabilidade do barramento, viabilizando a retirada de nível de emergência e a obtenção da DCE.

As ações foram devidamente comunicadas aos órgãos competentes, conforme as diretrizes estabelecidas no Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) das estruturas e nas legislações vigentes.

A Vale tem trabalhado fortemente para aprimorar a gestão e segurança das suas barragens e contribuir para um ciclo mais sustentável para a mineração no Brasil, mais seguro para as pessoas, para o meio ambiente e para seus empregados.

“A melhora nas condições de segurança das estruturas da Vale reflete esse esforço e a implementação das melhores práticas de gestão de estruturas geotécnicas, incluindo as previstas no Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês)”, afirma Geraldo Paes, Diretor Global de Geotecnia da Vale.

O objetivo principal do GISTM é garantir dano zero às pessoas e ao meio ambiente em torno da barragem durante todo seu ciclo de vida, do projeto até seu fechamento.

As principais barragens da Vale são monitoradas 24 horas por dia e 7 dias por semana pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa, além de receberem inspeções regulares de equipes internas e externas, que agem prontamente quando são necessárias ações preventivas ou corretivas.