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A Unilever divulgou na quinta-feira (9) que teve lucro líquido de 7,64 bilhões de euros em 2022, maior do que o ganho de 6,05 bilhões de euros apurado em 2021. O resultado superou a previsão de 18 analistas consultados pela FactSet, de 6,48 bilhões de euros.
O lucro operacional ajustado – uma das métricas preferidas da multinacional anglo-holandesa – somou 9,68 bilhões de euros no ano passado, ante 9,64 bilhões de euros em 2021 e praticamente em linha com o consenso da FactSet, de 9,65 bilhões de euros.
Já o faturamento anual da Unilever atingiu 60,07 bilhões de euros em 2022, ante 52,44 bilhões de euros no ano anterior. Neste caso, a previsão da FactSet era de 59,85 bilhões de euros. Apenas no quarto trimestre de 2022, o faturamento cresceu 11,4% na comparação anual, a 14,61 bilhões de euros.
O CEO da Unilever, Alan Jope, disse que a empresa apresentou um ano de forte crescimento da receita em condições macroeconômicas desafiadoras.
O crescimento das vendas foi de 9,0%, impulsionado por uma ação disciplinada de preços em resposta à alta inflação de custos de insumos. O crescimento foi amplo em cada um dos cinco grupos de negócios, liderado por fortes performances nas marcas de mais de um bilhão de euros. Apesar dos aumentos acentuados nos custos de material, a empresa priorizou o aumento da marca e investiu em marketing.
A margem operacional subjacente foi entregue de acordo com a orientação, com lucro operacional subjacente aumentado para o ano.
“Fizemos mais progressos na transformação da Unilever e continuamos a cumprir nossas prioridades estratégicas. Nosso novo modelo operacional já está abrindo uma cultura de tomada de decisão mais ousada e rápida com maior responsabilidade. Continuamos a melhorar nosso perfil de crescimento, com a venda do negócio global de Chá e a aquisição da Nutrafol. Estamos percebendo cada vez mais os benefícios do portfólio remodelado, economia acelerada e execução aprimorada. Há mais a fazer, mas as mudanças que fizemos significam que começamos 2023 com impulso, preparando-nos bem para entregar outro ano de maior crescimento, que continua sendo nossa primeira prioridade.”
Em 2022, a empresa equilibrou cuidadosamente o crescimento de preços, volume e competitividade para navegar no ambiente de alta inflação de custos. A Unilever pretende entregar novamente um forte crescimento de vendas subjacente em 2023, com melhoria no desempenho de volume e competitividade à medida que o ano avança.
“Continuaremos a precificar e impulsionar nossos programas de economia de custos, a fim de nos permitir investir em nossas marcas e entregar margem melhor.”
A empresa espera que a inflação de custos continue em 2023. A expectativa de inflação material líquida (NMI) no primeiro semestre de 2023 é de cerca de € 1,5 bilhão. “Prevemos NMI significativamente menor no segundo semestre, com uma ampla gama de resultados possíveis, embora não esperemos deflação de custos.”
No primeiro semestre, o crescimento do preço subjacente permanecerá alto e o crescimento do volume será negativo. O volume melhorará com o abrandamento do crescimento dos preços, mas é muito cedo para dizer se o volume ficará positivo no segundo semestre. “Esperamos que o crescimento das vendas subjacentes em 2023 esteja pelo menos na metade superior de nossa faixa plurianual de 3% a 5%.”
A empresa quer entregar apenas uma melhoria modesta na margem operacional subjacente no ano inteiro, pois planeja outro ano de aumento de investimento e, com a inflação de custos permanecendo alta, a margem operacional subjacente será de cerca de 16% no primeiro semestre.
O setor de beleza e bem-estar aumentou as vendas subjacentes em 7,8% impulsionadas pelo preço. Os volumes foram ligeiramente positivos, ajudados por mais um ano de forte crescimento em Prestige Beauty e Health & Wellbeing, que agora representam mais de € 2,5 bilhões de faturamento.
As vendas subjacentes de Cuidados Pessoais aumentaram 7,9%, impulsionadas pelo aumento dos preços. Os volumes cresceram em Desodorantes, mas caíram em outras categorias. Home Care, que foi particularmente exposto ao aumento dos custos de insumos, apresentou o maior crescimento de preço e algum declínio de volume, levando a um crescimento de vendas subjacente de 11,8%.
