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Novas restrições

UE diz que pacote de sanções contra a Rússia deve ser aprovado

Em declarações após encontro de ministros das Relações Exteriores no Conselho da União Europeia, o diplomata afirmou que estão presentes novas restrições de exportação na medida

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13 de novembro de 2023
Vinicius Palermo
UE diz que pacote de sanções contra a Rússia deve ser aprovado
Josep Borrell fala durante conferência de imprensa.

O Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, afirmou na segunda-feira, 13, que o 12º pacote de sanções do bloco contra a Rússia pode ser aprovado na próxima quarta-feira, e que os últimos detalhes estão sendo finalizados.

Em declarações após encontro de ministros das Relações Exteriores no Conselho da União Europeia, o diplomata afirmou que estão presentes novas restrições de exportação na medida, incluindo diamantes, além do reforço do teto de preço para o petróleo, o que já reduziu as receitas da Rússia, segundo ele.

“Apesar da dramática situação em Gaza, não deixamos de lado o que está acontecendo na Ucrânia”, afirmou Borrell. “Temos que continuar nosso apoio”, disse o representante.

Segundo ele, na última semana, a Comissão Europeia tomou medidas para fazer com que processo de adesão da Ucrânia seja o mais rápido possível.

Sobre o conflito no Oriente Médio, Borrell reforçou a necessidade de pensar em um governo palestino após a crise atual, incluindo a necessidade de se estabelecer um Estado. O representante também tratou da necessidade de reduzir vítimas civis nos confrontos. Nos próximos dias, o diplomata irá viajar para Israel, Palestina, Bahrein, Arábia Saudita, Catar e Jordânia.

O Conselho Europeu decidiu ainda a título excepcional, prorrogar as suas medidas restritivas contra a Venezuela apenas por seis meses, em vez de um ano, até 14 de maio de 2024. Em comunicado, o organismo aponta que estas medidas restritivas incluem um embargo às armas e ao equipamento para repressão interna, bem como uma proibição de viagens e um congelamento de bens de 54 indivíduos listados.

“As medidas, em vigor desde novembro de 2017, foram impostas em resposta à contínua deterioração da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos na Venezuela, para ajudar a incentivar soluções democráticas partilhadas, a fim de trazer estabilidade política ao país e permitir-lhe dar resposta às necessidades prementes da população”, afirma o Conselho. Estas medidas específicas são flexíveis e reversíveis e concebidas para não prejudicar a população venezuelana, diz o organismo.

“As medidas são um meio de promover um processo credível e significativo que conduza a uma solução pacífica, negociada e liderada pela Venezuela”, aponta o comunicado. O Conselho recorda que estas medidas são específicas, graduais e flexíveis e podem ser ampliadas ou revertidas em função dos progressos realizados no sentido da restauração da democracia, do Estado de direito e do respeito pelos direitos humanos na Venezuela.

O Conselho saúda o acordo político liderado pela Venezuela, em 17 de outubro de 2023, em Barbados, “que representa um passo positivo e necessário na continuação de um processo de diálogo inclusivo e no sentido da restauração da democracia na Venezuela”, diz o organismo.

Em consonância com os motivos declarados que conduziram à decisão desta segunda, o Conselho irá reavaliar o âmbito das suas medidas restritivas dentro de seis meses e está pronto a voltar a esta questão a qualquer momento com base em progressos concretos, sustentáveis e verificáveis no que diz respeito à situação na Venezuela.