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Juros altos

Trump diz que Estados Unidos entrarão em depressão caso Kamala vença as eleições

“As pessoas não podem comprar uma casa porque os juros estão muito altos”, afirmou o ex-presidente Donald Trump

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05 de setembro de 2024
Vinicius Palermo
Trump diz que Estados Unidos entrarão em depressão caso Kamala vença as eleições
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, candidato à presidência.

O candidato do Partido Republicano à Casa Branca, Donald Trump, disse que “este país irá à depressão no estilo 1929” se a democrata Kamala Harris vencer as eleições de novembro. “As pessoas não podem comprar uma casa porque os juros estão muito altos”, afirmou o ex-presidente.

Trump também disse na entrevista que “não teria ocorrido o 7 de outubro se eu fosse o presidente” dos Estados Unidos, em referência ao ataque do Hamas ao território de Israel que resultou na morte de 1,2 mil pessoas e na captura de 250 reféns. Trump afirmou ainda que o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, “disse que todo mundo teme Trump”, em referência a líderes globais.

“Estamos no território da Terceira Guerra Mundial”, disse o ex-presidente americano, ressaltando que tal conflito poderá ocorrer se Kamala Harris vencer as eleições de novembro.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na quinta-feira, 5, que “apoia” a candidata da democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais americanas de novembro, onde a atual vice-presidente enfrentará o republicano Donald Trump. Em um comentário aparentemente irônico. Citando seu riso “contagiante” como uma razão para preferi-la a Donald Trump, Putin disse: “Joe Biden recomendou aos seus eleitores que apoiassem Harris, por isso iremos apoiá-la também”.

O comentário, feito em um fórum econômico na cidade russa de Vladivostok, acontece um dia depois de Washington acusar novamente Moscou de interferência nas eleições presidenciais.

O líder do Kremlin havia dito no início deste ano, antes de o presidente Joe Biden se retirar da corrida – também com aparente ironia – que o preferia a Trump porque Biden era um político “à moda antiga” mais previsível.

“Ela ri de forma tão expressiva e contagiante que isso significa que está tudo bem com ela”, disse Putin, acrescentando que talvez isso significasse que ela se absteria de impor mais sanções contra a Rússia.

Na quarta-feira, 4, autoridades americanas anunciaram um amplo esforço para reprimir as campanhas de influência russas nas eleições de 2024, enquanto tentam coibir o uso da mídia estatal e de sites de notícias falsas pelo Kremlin para influenciar os eleitores americanos.

As ações incluem sanções, indiciamentos e apreensão de domínios da web que, segundo autoridades americanas, o Kremlin usa para espalhar propaganda e desinformação sobre a Ucrânia, que a Rússia invadiu há mais de dois anos.

Os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump e Kamala Harris, debaterão pela primeira vez na próxima semana. Às vésperas do encontro, os dois têm focado a agenda nos planos de política tributária.

A vice-presidente dos EUA e candidata democrata divulgou um plano tributário para pequenas empresas durante uma visita de campanha a New Hampshire na quarta-feira, enquanto o republicano fez um discurso no Clube Econômico de Nova York na quinta-feira.

Trump e Harris, no entanto, possuem planos bem divergentes para a economia norte-americana. O ex-presidente dos EUA quer repetir uma das medidas de seu primeiro mandato e defende a ideia de reduzir a taxa de imposto corporativo de 21% para 15%, o que é respeitado pelas empresas. O republicano também propõe a isenção de impostos sobre gorjetas e renda da Previdência Social.

Segundo economistas, os projetos econômicos de Trump de impor tarifas sobre importações podem piorar a inflação, por mais que o republicano esteja prometendo cortar custos.

Na mão contrária, Harris pede o aumento da taxa de imposto corporativo para 28% e a expansão das deduções fiscais vinculadas às despesas de abertura de um negócio.

A vice-presidente e candidata democrata também projeta uma meta de 25 milhões de solicitações para a formação de novas empresas nos próximos quatro anos.