Economia
Informalidade recua

Total de desempregados no trimestre até fevereiro ficou em 9,224 milhões

Segundo o IBGE, a população de desempregados ficou em 98,122 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro.

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01 de abril de 2023
Vinicius Palermo
Total de desempregados no trimestre até fevereiro ficou em 9,224 milhões
A população de desempregados aumentou em 483 mil pessoas em um trimestre

O País registrou o fechamento de 1,571 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população ocupada ficou em 98,122 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,888 milhões de pessoas.

Já a população desocupada aumentou em 483 mil pessoas em um trimestre, totalizando 9,224 milhões de desempregados no trimestre até fevereiro. Em um ano, 2,792 milhões de pessoas deixaram o desemprego.

A população inativa somou 66,754 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, 1,473 milhão de inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,457 milhão de pessoas.

O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – passou de 56,7% no trimestre encerrado em janeiro para 56,4% no trimestre até fevereiro. No trimestre terminado em fevereiro de 2022, o nível da ocupação era de 55,2%.

No trimestre terminado em fevereiro, faltou trabalho para 21,6 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 18,9% no trimestre até novembro para 18,8% no trimestre até fevereiro.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até fevereiro de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,5%.

A população subutilizada caiu 12,4% ante o trimestre até novembro, 719 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até fevereiro de 2022, houve um recuo de 23,7%, menos 1,573 milhão de pessoas.

De acordo com o IBGE, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,2% no trimestre até fevereiro, ante 5,8% no trimestre até novembro.  Em todo o Brasil, há 5,061 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.

O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até novembro para o trimestre até fevereiro, houve um recuo de 719 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 1,573 milhão de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.

O Brasil registrou 3,97 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado significa 94 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em novembro, um recuo de 2,3%. Em um ano, 754 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 16,0%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

O trimestre encerrado em fevereiro de 2023 mostrou uma abertura de 21 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2022. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, 2,217 milhões de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado.

O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 36,812 milhões no trimestre até fevereiro, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram 12,960 milhões, 349 mil a menos que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até fevereiro de 2022, foram criadas 678 mil vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria perdeu 301 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,197 milhões. O resultado significa 155 mil pessoas a menos atuando nessa condição em relação a um ano antes.
O número de empregadores encolheu em 206 mil em um trimestre. Em relação a fevereiro de 2022, o total de empregadores é 57 mil superior.

O País teve um recuo de 86 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,778 milhões de pessoas. Esse contingente é 114 mil pessoas maior que no ano anterior.

O setor público teve 529 mil ocupados a menos no trimestre terminado em fevereiro ante o trimestre encerrado em novembro. Na comparação com o trimestre até fevereiro de 2022, foram abertas 395 mil vagas.

O País registrou uma taxa de informalidade de 38,9% no mercado de trabalho no trimestre até fevereiro de 2023. Havia 38,808 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período.

Em um trimestre, 596 mil pessoas deixaram de atuar como trabalhadores informais. A extinção de vagas no mercado de trabalho como um todo no período totalizou 1,571 milhão.

Em um trimestre, na informalidade, houve redução de 349 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 77 mil empregadores sem CNPJ, de 120 mil de pessoas no trabalho familiar auxiliar e de 79 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada. Por outro lado, houve elevação de 28 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ.

A queda na população ocupada atuando na informalidade em um trimestre foi de 1,5%. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais recuou em 113 mil pessoas, queda de 0,3%.