Edição do Dia
A TIM (antiga Telecom Italia) aprovou o lançamento de um plano industrial e anunciou metas financeiras de lucro, receita e redução de dívida até 2026. As projeções foram lançadas simultaneamente com a publicação de uma revisão dos resultados corporativos de 2023. Por volta das 8h35 (de Brasília), a ação da companhia de telecomunicações italiana tombava 10% na Bolsa de Milão.
De acordo com a TIM, o objetivo do novo plano industrial é aumentar os lucros e a receita pelos próximos três anos, além de reduzir o nível atual de dívida líquida. O projeto envolve vendas planejadas de suas redes domésticas de linhas fixas, o que diminuirá a estrutura da empresa e poderá reduzir a taxa de endividamento entre 1,6 a 1,7 vez até 2026.
Com o plano, a TIM projeta crescimento de 3% na receita anual entre 2023 e 2026, além de avanço anual de 8% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no mesmo período. Especificamente para 2024, a previsão de crescimento da receita é de 3% a 4%, enquanto a do Ebitda é de 8% a 9%.
Em 2023, a TIM teve prejuízo líquido de 1,4 bilhão de euros, que considera o impacto de despesas líquidas não recorrentes de 680 milhões de euros, conforme dados revisados. Em 2022, no entanto, a empresa havia registrado prejuízo bem maior, de 2,9 bilhões de euros. Já a receita cresceu 3,2% na comparação anual, a 16,3 bilhões de euros.
Dando continuidade à jornada de transformação iniciada no biênio anterior, o novo Plano traça os rumos estratégicos da TIM em 2024-2026. Apesar de um ambiente macroeconómico altamente incerto, espera-se que todas as métricas económicas e financeiras melhorem significativamente, mantendo ao mesmo tempo uma estrutura de capital sólida.
A TIM continuará estabilizando seu core business, com aumento gradual do ARPU fixo e móvel, ao mesmo tempo em que vai melhorar a convergência de clientes entre os dois setores. Paralelamente, será desenvolvido o modelo de «Plataforma do Cliente», com foco no crescimento das receitas «além da conectividade» através de novas parcerias e oportunidades no setor doméstico e nas PME.
Alavancando seu posicionamento e vantagens competitivas, a empresa continuará sua aceleração de receita de serviços impulsionada por uma maior expansão no mercado de TIC, amplificada pelo posicionamento em setores-chave de crescimento (nuvem, IoT, segurança cibernética). Será dado especial enfoque ao setor Cloud, graças às parcerias com os principais operadores globais e ao arranque operacional completo do Polo Strategico Nazionale (do qual a TIM é o principal acionista e facilitador tecnológico).
A TIM Brasil espera maior crescimento nas receitas e no EBITDA, com crescimento de geração de caixa de dois dígitos no horizonte do Plano.
O Conselho de Administração da TIM aprovou também as Demonstrações Financeiras Consolidadas do Grupo TIM, o projeto de Demonstrações Financeiras Separadas da TIM S.p.A. e o Relatório de Sustentabilidade de 31 de dezembro de 2023.
Os resultados do quarto trimestre, que confirmaram a tendência de melhoria dos negócios nacionais e o forte crescimento da TIM Brasil, permitiram atingir ou superar as metas estabelecidas para o exercício de 2023, sendo esta a primeira vez desde 2010 em que todo o guidance foi respeitado pelo segundo ano consecutivo.
Em linha com as metas estabelecidas no Plano de Negócios 2023-2025 para 2023, as atividades ESG diziam respeito: à redução de emissões, ao crescimento digital, ao envolvimento e desenvolvimento dos colaboradores, bem como ao reforço da governação.
O Conselho de Administração também deliberou convocar a Assembleia Geral para o dia 23 de abril de 2024 (convocação única), na sede da Companhia, em virtude da regulamentação contida no Decreto Lei nº 18, de 17 de março de 2020, conforme alterada, estabelecendo que a participação dos acionistas nos procedimentos será realizada exclusivamente por meio de representante designado pela Companhia. O detalhamento completo do exercício dos direitos dos acionistas constará do edital de convocação, que serão publicados de acordo com a lei.
