Economia
Curto prazo

Tebet diz que reoneração total impactaria muito inflação

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu a reoneração parcial dos combustíveis, como um meio termo.

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01 de março de 2023
Vinicius Palermo
Tebet diz que reoneração total impactaria muito inflação
Com a reoneração parcial, segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o governo tem mostrado que tem feito o dever de casa.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu a reoneração parcial dos combustíveis, anunciada na terça-feira, como um meio termo entre a preocupação fiscal e inflacionária. Segundo Tebet, uma reoneração total dos tributos teria um impacto grande na inflação, dificultando a queda de juros em um “pequeno prazo”, como é o desejo do governo.

“Estamos fazendo um esforço concentrado para mostrar para o BC que a inflação não é de demanda”, disse ela, após participar do lançamento do mês da Mulher no Palácio do Planalto. “É possível baixar os juros no Brasil, ainda que não nos patamares que queremos, entendemos a posição do Copom.”

Segundo a ministra, o governo tem mostrado que tem feito o dever de casa, considerando o pacote de reforma tributária e novo arcabouço fiscal que está sendo gestado. Além disso, afirmou que o foco agora da pasta é de contenção de gastos.

“Queremos mostrar ao Copom que podem, ainda que paulatinamente, diminuir o juro, que temos responsabilidade fiscal”, disse, reforçando que o prazo de quatro meses da Medida Provisória da reoneração mostra que a medida foi pensada e equilibrada. “Sob a ótica inflacionária e do meio termo, fizemos o dever de casa”, disse sobre a reoneração

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou também que o nível dos juros é o principal problema econômico do País, em uma realidade onde já vigoram dificuldades de crédito e de alavancagem de atividades econômicas. O nível da Selic, de acordo com ele, é reflexo da herança deixada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O Banco Central não chegou à taxa de juro que chegou no atual governo. A taxa de juro a 13,75% é reflexo do governo Bolsonaro”, disse Haddad, ao citar que o próprio Comitê de Política Monetária (Copom) explicita, por meio das atas, que as medidas do ex-chefe do Executivo foram populistas.

Segundo o ministro, Bolsonaro perdeu eleição e deixou o País com um rombo orçamentário e com as maiores taxas de juros do mundo.

Haddad afirmou também que as frases ditas pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes eram simpáticas ao mercado, mas não formaram uma reputação por envolverem promessas inexequíveis. De acordo com o ministro da Fazenda, é melhor ser comedido e falar aquilo que é possível de ser realizado.

Haddad citou, por exemplo, o estabelecimento da meta de inflação em 3%. “No lugar do Guedes, não teria fixado meta de inflação de 3,0% pela mesma razão que eu não fixaria o teto de gastos, porque você não vai cumprir”, avaliou.

De acordo com o ministro, a história vai registrar tudo que Guedes falou e não cumpriu. Haddad citou, por exemplo, a promessa de obter superávit no primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de arrecadar R$ 1 trilhão com vendas de estatais.

O ministro afirmou ainda que a autonomia do Banco Central, aprovada durante o governo do ex-presidente é incontornável no curto e médio prazo. “Não vejo ânimo do Congresso de rever (autonomia). Isso não impede o congresso amanhã de repensar, mas hoje não vejo ânimo”, disse.

Em crítica ao legado deixado pelo ex-presidente, Haddad afirmou que existe uma sensação de alívio mundial pelo fim do mandato de Bolsonaro.  Ele citou que o Brasil voltou a ser um país interessante para os investidores e que existe uma janela de oportunidades para que o País alavanque no cenário internacional, especialmente com a guerra da Rússia e Ucrânia.

O ministro disse que o nível dos juros é o principal problema econômico do País, em uma realidade onde já vigoram dificuldades de crédito e de alavancagem de atividades econômicas. O nível da Selic, de acordo com ele, é reflexo da herança deixada pelo governo do ex-presidente.

“O Banco Central não chegou à taxa de juro que chegou no atual governo. A taxa de juro a 13,75% é reflexo do governo Bolsonaro”, disse.

Segundo o ministro, Bolsonaro perdeu eleição e deixou o País com um rombo orçamentário e com as maiores taxas de juros do mundo.

Haddad afirmou também que as frases ditas pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes eram simpáticas ao mercado, mas não formaram uma reputação por envolverem promessas inexequíveis. De acordo com o ministro da Fazenda, é melhor ser comedido e falar aquilo que é possível de ser realizado.

Haddad citou, por exemplo, o estabelecimento da meta de inflação em 3%. “No lugar do Guedes, não teria fixado meta de inflação de 3,0% pela mesma razão que eu não fixaria o teto de gastos, porque você não vai cumprir”, avaliou durante entrevista ao UOL.

De acordo com o ministro, a história vai registrar tudo que Guedes falou e não cumpriu. Haddad citou, por exemplo, a promessa de obter superávit no primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de arrecadar R$ 1 trilhão com vendas de estatais.