Economia
Salário sobe

Taxa de desemprego fica em 8,8% no trimestre

Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua, realizada pelo IBGE, estava em 11,2%.

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28 de abril de 2023
Vinicius Palermo
Taxa de desemprego fica em 8,8% no trimestre
No trimestre móvel até fevereiro, a taxa de desemprego estava em 8,6%.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,8% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,2%. No trimestre móvel até fevereiro, a taxa de desocupação estava em 8,6%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.880 no trimestre encerrado em março. O resultado representa alta de 7,4% em relação ao mesmo trimestre de 2022.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 277,194 bilhões no trimestre encerrado em março, alta de 10,8% ante igual período do ano passado, segundo o IBGE.

O País registrou um fechamento de 1,545 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada ficou em 97,825 milhões de pessoas no trimestre encerrado em março. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,55 milhões de pessoas.

Já a população desocupada aumentou em 860 mil pessoas em um trimestre, totalizando 9,432 milhões de desempregados no trimestre até março. Em um ano, 2,517 milhões de pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 66,972 milhões de pessoas no trimestre encerrado em março, 1,069 milhão de inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,518 milhão de pessoas.

A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 27,007 bilhões no período de um ano, para R$ 277,194 bilhões, uma alta de 10,8% no trimestre encerrado em março de 2023 ante o trimestre terminado em março de 2022.

Na comparação com o trimestre terminado em dezembro de 2022, a massa de renda real caiu 0,8% no trimestre terminado em março, com R$ 2,283 bilhões a menos.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma elevação real de 0,7% na comparação com o trimestre até dezembro de 2022, R$ 19 a mais, para R$ 2.880.

Em relação ao trimestre encerrado em março de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 7,4%, R$ 197 a mais.

A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 2,5% no trimestre terminado em março ante o trimestre encerrado em dezembro.

Já na comparação com o trimestre terminado em março de 2022, houve elevação de 13,0% na renda média nominal, revelou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – saiu de em 57,2% no trimestre até dezembro de 2022 para 56,1% no trimestre até março de 2023. No trimestre terminado em março de 2022, o nível da ocupação era de 55,2%.

O País registrou uma taxa de informalidade de 39% no mercado de trabalho no trimestre até março. O Brasil tinha 38,118 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, menos 436 mil pessoas atuaram como trabalhadores informais. Foram fechadas 1,545 milhão de vagas no mercado de trabalho como um todo no período.

O Brasil registrou 3,871 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em março. O resultado significa 125 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em dezembro, um recuo de 3,1%. Em um ano, 723 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 15,7%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

O trimestre encerrado em março mostrou uma extinção de 170 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em dezembro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 1,814 milhão de vagas foram criadas no setor privado.

O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 36,688 milhões de trabalhadores no trimestre até março, enquanto os sem carteira assinada somaram 12,806 milhões de pessoas, 430 mil a menos do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até março de 2022, foram criadas 590 mil vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria perdeu 275 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,193 milhões de trabalhadores. O resultado representa 90 mil pessoas a menos trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O número de empregadores diminuiu em 91 mil em um trimestre, para 4,158 milhões de pessoas. Em relação a março de 2022, o total de empregadores é 1,5% superior, número que representa um aumento de 62 mil empregadores.

O País teve uma queda de 136 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,698 milhões de pessoas. O resultado representa alta de 90 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior.

O setor público teve 345 mil pessoas a menos no trimestre terminado em março ante o trimestre encerrado em dezembro, para um total de 11,785 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até março de 2022, foram abertas 522 mil vagas.