Economia
Informalidade alta

Taxa de desemprego fica em 7,9% no trimestre encerrado em dezembro

Em igual período de 2021, a taxa de desemprego estava em 11,1%. No trimestre móvel até novembro, a taxa de desocupação estava em 8,1%.

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28 de fevereiro de 2023
Vinicius Palermo
Taxa de desemprego fica em 7,9% no trimestre encerrado em dezembro
Desemprego: A população subutilizada caiu 9,1% ante o trimestre até setembro.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,9% no trimestre encerrado em dezembro, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na terça-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,1%. No trimestre móvel até novembro, a taxa de desocupação estava em 8,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.808 no trimestre encerrado em dezembro. O resultado representa alta de 8,3% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 274,35 bilhões no trimestre encerrado em dezembro, alta de 12,8% ante igual período do ano passado.

O País registrou uma abertura de 101 mil vagas de emprego mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada ficou em 99,37 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro. Em um ano, esse contingente aumentou em 3,622 milhões de pessoas.

Já a população em desemprego diminuiu em 888 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,572 milhões de desempregados no trimestre até dezembro. Em um ano, 3,439 milhões de pessoas deixaram o desemprego.

A população inativa somou 65,903 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro, 1,174 milhão de a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,377 milhão de pessoas.

No trimestre terminado em dezembro de 2022, faltou trabalho para 21,305 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 20,1% no trimestre até setembro para 18,5% no trimestre até dezembro.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até dezembro de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,3%.

A população subutilizada caiu 9,1% ante o trimestre até setembro, 2,121 milhões de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até dezembro de 2021, houve um recuo de 24,8%, menos 7,039 milhões de pessoas.

O Brasil registrou 3,996 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em dezembro. O resultado significa 262 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em setembro, um recuo de 6,2%. Em um ano, 793 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 16,6%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,5% no trimestre até dezembro de 2022, ante 6,2% no trimestre até setembro. Em todo o Brasil, há 5,429 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Na passagem do trimestre até setembro para o trimestre até dezembro, houve um recuo de 765 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 1,940 milhão de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.

O Brasil registrou uma taxa de informalidade de 38,8% no mercado de trabalho no trimestre até dezembro de 2022. Havia 39,145 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período.
Em um trimestre, 591 mil pessoas deixaram de atuar como trabalhadores informais. A geração de vagas no período totalizou 101 mil, ou seja, foi composta por ocupações formais.

Em um trimestre, embora tenha aumentado o número de empregados sem carteira assinada no setor privado e o de empregadores sem CNPJ, houve uma redução de 445 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ. O número de trabalhadores domésticos sem carteira assinada encolheu em 60 mil pessoas, e o de trabalhador familiar auxiliar recuou em 115 mil pessoas.

A queda na população ocupada atuando informalidade em um trimestre foi de 1,5%. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais encolheu em 391 mil pessoas.

O trimestre encerrado em dezembro de 2022 mostrou uma abertura de 593 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em setembro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, 2,363 milhões de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado.

O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 36,858 milhões no trimestre até dezembro, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram 13,236 milhões, 24 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até dezembro de 2021, foram criadas 792 mil vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria perdeu 216 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,468 milhões. O resultado significa 475 mil pessoas a menos atuando nessa condição em relação a um ano antes.
O número de empregadores encolheu em 103 mil em um trimestre. Em relação a dezembro de 2021, o total de empregadores é 374 mil superior.

O País teve um recuo de 56 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,833 milhões de pessoas. Esse contingente é 136 mil pessoas maior que no ano anterior.

O setor público teve 26 mil ocupados a menos no trimestre terminado em dezembro ante o trimestre encerrado em setembro. Na comparação com o trimestre até dezembro de 2021, foram abertas 755 mil vagas.