Economia
Informalidade

Taxa de desemprego fica em 7,5% no trimestre até novembro

O País registrou uma taxa de informalidade de 39,2% no mercado de trabalho no trimestre até novembro de 2023.

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29 de dezembro de 2023
Taxa de desemprego fica em 7,5% no trimestre até novembro
Foto: Divulgação

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã de sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,1%. No trimestre encerrado em outubro de 2023, a taxa de desocupação estava em 7,6%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.034 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa expansão de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 300,164 bilhões no trimestre até novembro, alta de 4,8% ante igual período do ano anterior.

O Brasil registrou 3,378 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em novembro. A população desalentada desceu ao menor patamar desde o trimestre encerrado em agosto de 2016. O resultado significa 196 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em agosto, um recuo de 5,5%. Em um ano, 687 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 16,9%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

A taxa de desocupação caiu de 7,8% no trimestre terminado em agosto para 7,5% no trimestre encerrado em novembro, menor resultado desde fevereiro de 2015, quando também foi de 7,5%. A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,4% no trimestre até novembro, ante 5,3% no trimestre finalizado em agosto. Em todo o Brasil, há 5,463 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Na passagem do trimestre até agosto para o trimestre concluído em novembro, houve um aumento de 191 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 317 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.

O Brasil registrou uma geração de 853 mil vagas no mercado de trabalho no trimestre até novembro em relação ao trimestre encerrado em agosto, um aumento de 0,9% na ocupação. A população ocupada alcançou um recorde de 100,508 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro. Em um ano, mais 815 mil pessoas encontraram uma ocupação.

A população desocupada recuou em 209 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,202 milhões de desempregados no trimestre até novembro. Em um ano, 539 mil pessoas deixaram o desemprego. A população desempregada desceu ao menor patamar desde o trimestre até abril de 2015.

A população inativa somou 66,519 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, 274 mil a menos que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente aumentou em 1,238 milhão de pessoas
O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – ficou em 57,4% no trimestre até novembro, ante 57,0% no trimestre até agosto. No trimestre terminado em novembro de 2022, o nível da ocupação era de 57,4%

O trimestre encerrado em novembro de 2023 mostrou uma geração de 515 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em agosto. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 935 mil vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 37,727 milhões no trimestre até novembro, o segundo maior contingente desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012, atrás apenas de junho de 2014.

A população trabalhando sem carteira assinada no setor privado alcançou um recorde de 13,444 milhões, 243 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até novembro de 2022, foram abertas 135 mil vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria ganhou 161 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,556 milhões. O resultado significa 57 mil pessoas a mais atuando nessa condição em relação a um ano antes.
O número de empregadores cresceu em 1 mil em um trimestre. Em relação a novembro de 2022, o total de empregadores é menor em 120 mil pessoas.

O País teve um aumento de 50 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,939 milhões de pessoas. Esse contingente é 75 mil pessoas maior que no ano anterior. O setor público teve 69 mil ocupados a menos no trimestre terminado em novembro ante o trimestre encerrado em agosto. Na comparação com o trimestre até novembro de 2022, foram fechadas 105 mil vagas.

Sete das dez atividades econômicas registraram contratações no trimestre encerrado em novembro. Na passagem do trimestre terminado em agosto para o trimestre encerrado em novembro, houve demissões apenas na agricultura, 160 mil vagas a menos; comércio, menos 10 mil; e alojamento e alimentação, menos 130 mil.

Houve geração de postos de trabalho na indústria (369 mil), serviços domésticos (56 mil), informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (205 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (39 mil), construção (199 mil), outros serviços (143 mil) e transporte e armazenagem (130 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, as atividades com perdas foram a agricultura (que demitiu 365 mil trabalhadores), a construção (que dispensou 7 mil pessoas), o comércio (-288 mil vagas) e o segmento de outros serviços (-26 mil).

Os demais setores contrataram: indústria (85 mil), serviços domésticos (80 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (403 mil trabalhadores a mais), alojamento e alimentação (207 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (486 mil) e transporte (228 mil).

O País registrou uma taxa de informalidade de 39,2% no mercado de trabalho no trimestre até novembro de 2023. Havia 39,400 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. “É o maior contingente de população ocupada informal da série histórica iniciada em 2016”, disse Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Em um trimestre, mais 416 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 853 mil novos postos de trabalho. Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 243 mil empregos sem carteira assinada no setor privado; de 108 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada; de 96 mil pessoas no trabalho por conta própria sem CNPJ; e de 15 mil empregadores sem CNPJ. Houve redução de 47 mil pessoas atuando no trabalho familiar auxiliar.

A população ocupada atuando na informalidade cresceu 1,1% em um trimestre. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais subiu em 592 mil pessoas, alta de 1,5%.