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Tarcísio prevê privatização da Sabesp em 2024

o governador salientou que serão avaliados no estudo a ser contratado todos os pontos de atenção sobre o processo da Sabesp.

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14 de março de 2023
Vinicius Palermo
Tarcísio prevê privatização da Sabesp em 2024
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas falou sobre o processo da Sabesp.

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), disse na segunda-feira, 13, que prevê a privatização da Sabesp em 2024, sendo que a assinatura do contrato com a IFC, agência do Banco Mundial, para estruturação da capitalização deve ocorrer até o fim deste mês.

Ao participar de almoço com empresários promovido pelo Lide, o governador salientou que serão avaliados no estudo a ser contratado todos os pontos de atenção, caso, por exemplo, de como serão prestados os serviços em áreas não rentáveis.

“Acredito que é uma operação que pode transcorrer no ano que vem”, afirmou Tarcísio, ao ser questionado sobre o prazo da privatização da companhia de saneamento. O governador ponderou que é preciso fazer a operação com cuidado, já que se trata de um projeto grande porte.

Por outro lado, citou a experiência com privatização, mencionando a transferência ao capital privado da Eletrobras, ao demonstrar confiança na venda da Sabesp.

A Agência Móvel da Sabesp começou atendimento aos moradores e turistas de São Sebastião, em Boiçucanga na segunda-feira. O atendimento diário será entre as 10h e as 16h, na Praça Elpídio Romão Teixeira, 220, em frente à Escola Estadual Walkir Vergani.

O objetivo da Agência Móvel é ampliar as opções de atendimento, levando o atendimento presencial até a população que reside nessa região. Os interessados podem solicitar qualquer serviço, informação ou alteração cadastral; novas ligações, entre outros.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), por meio das equipes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) destacadas para o atendimento em São Sebastião, deu início à operação de transferência de famílias vítimas dos deslizamentos da Vila do Sahy para 300 apartamentos do Conjunto Habitacional em Bertioga.

O primeiro grupo de dez famílias já está mobilizado para o deslocamento de 46 quilômetros a cidade vizinha, onde irá permanecer nos próximos oito meses, enquanto a SDUH viabiliza a construção de unidades permanentes, em São Sebastião, conforme o planejamento do Governo do Estado de São Paulo.

A CDHU providenciou caminhões para a retirada dos pertences das famílias das moradias atingidas ou condenadas pela Defesa Civil por conta dos deslizamentos. Todo o material que possa ser recuperado, juntamente com roupas e utensílios pessoais e doações que já se encontram no Ginásio do Instituto Verdescola será carregado nos caminhões que farão o transporte.

As famílias seguirão em ônibus fretados pelo trajeto do Ginásio do Instituto Verde Escola e pousadas e hotéis da região onde estavam abrigadas desde o dia dos deslizamentos.

As 300 unidades no Conjunto Caminho das Flores, em Bertioga, foram cedidas em convênio firmado pela CDHU junto à entidade Frente Paulista de Habitação Popular do Estado de São Paulo. O acordo prevê a cessão pelo período de oito meses às vítimas das chuvas que atingiram o Litoral Norte, principalmente São Sebastião, no fim de fevereiro.

Cada unidade tem área útil de 43,23 m², com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Melhorias: piso cerâmico em toda edificação, azulejo no banheiro e na cozinha, sistema individualizado de consumo de água, gás e eletricidade.

A medida foi tomada em caráter emergencial e deve beneficiar cerca de 1.200 pessoas. Após o período de oito meses, a CDHU entregará as moradias à entidade nas mesmas condições em que foram recebidas.

O governador de São Paulo disse também que está confiante que o leilão do trecho Norte do Rodoanel, que será feito na terça-feira, 14, será bem-sucedido. “Estou confiante de que o leilão do Rodoanel será bem-sucedido”, comentou.
O trecho Norte do Rodoanel vai consumir investimentos de R$ 4 bilhões e, segundo Tarcísio, em 2026 ele estará totalmente pronto.
Fazendo um paralelo com o seu tempo de ministro da Infraestrutura, Tarcísio brincou que já estava com saudades de bater o martelo num leilão de concessões e privatização.

O governador de São Paulo voltou a afirmar que não vai paralisar nenhum projeto ou obra que vieram de governadores anteriores. “Não vamos paralisar nada que veio do governo anterior. Foi assim que fiz quando estive à frente do Ministério da Infraestrutura e assim vou fazer no Governo do Estado de São Paulo. Obras não são de um governo ou de outro, são do Estado, comentou Tarcísio.

De acordo com ele, as pessoas não entendem e não aceitam obras paradas porque “obras paradas não geram taxas de retorno financeiro ou social”. “Vamos tocar”, disse.

E para o governador, fazer São Paulo crescer com desenvolvimento social é possível porque o Estado de São Paulo tem espaço para reduzir despesas e ganhar fôlego para investimentos. “Acreditamos na aliança de investimento público e privado”, reforçou.